SÍNDROMES DE DISPERSÃO E POLINIZAÇÃO EM UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA

Autores

  • Oseias Souza da Silva Júnior Universidade Federal Rural da Amazônia - Museu Paraense Emílio Goeldi http://orcid.org/0000-0003-2393-8889
  • Paola Virória Brito Pires Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Layane Joyce Rosa Maia Universidade Federal do Pará
  • Ana Cristina de Andrade Aguiar Dias Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Roberta Macedo Cerqueira Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.19177/rgsa.v9e22020765-782

Palavras-chave:

Anemofilia, Zoocoria, Tipo vegetaciona

Resumo

A polinização das flores e dispersão de frutos e sementes são fatores vitais para a manutenção de grande parte da população de espécies vegetais em florestas tropicais. A caracterização das síndromes de dispersão e polinização ocorrentes num fragmento de floresta tropical pode ser uma ferramenta de diagnóstico ambiental, demonstrando o grau de distúrbio que o ambiente possa estar sofrendo. Este trabalho teve como objetivo analisar e descrever as estratégias de polinização e dispersão dos diásporos de diferentes tipos vegetacionais no Parque Estadual do Utinga, unidade de conservação que compreende um gradiente florestal com áreas em diferentes estágios de preservação no município de Belém/PA. Foi utilizada a lista de espécies arbóreas levantadas no Plano de Manejo do Parque do Utinga, realizado em agosto de 2013. Utilizou-se a lista de espécies da flora por cada tipo vegetacional: Floresta Secundária, Floresta de Igapó e Floresta de Terra Firme. As espécies catalogadas no plano de manejo do parque foram caracterizadas quanto às suas síndromes de dispersão e polinização, baseando-se na análise de diferentes bibliografias especializadas, nas características morfológicas de seus diásporos e caracteres relacionados a polinização compartilhados em seus táxons. A síndrome de dispersão zoocórica foi a mais comum entre as espécies analisadas (72%) e entre os indivíduos (78,24%). Para as síndromes de polinização, mais de 90% das espécies e 76% dos indivíduos amostrados foram classificados dentro de alguma das síndromes de dispersão bióticas. Entre os tipos vegetacionais, houve diferença apenas quando analisadas as síndromes de polinização por número de indivíduos. As síndromes de dispersão e polinização bióticas são mais comuns em florestas tropicais com baixo nível de perturbação. Estes resultados indicariam um grau de distúrbio ambiental ainda moderado na unidade de conservação e em seus diferentes tipos vegetacionais. Levantamentos fitossociológicos, estudos de biologia floral e análises subsequentes são necessários para o acompanhamento da evolução deste quadro.

Biografia do Autor

  • Oseias Souza da Silva Júnior, Universidade Federal Rural da Amazônia - Museu Paraense Emílio Goeldi
    Graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará. Especialização em Análise Ambiental pela Universidade Federal do Pará. E-mail: [email protected]
  • Paola Virória Brito Pires, Universidade Federal Rural da Amazônia
    Graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará. Especialização em Análise Ambiental pela Universidade Federal do Pará. E-mail: [email protected]
  • Layane Joyce Rosa Maia, Universidade Federal do Pará
    Graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará. E-mail: [email protected]
  • Ana Cristina de Andrade Aguiar Dias, Universidade Federal Rural da Amazônia
    Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas e Doutorado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas. E-mail: [email protected]
  • Roberta Macedo Cerqueira, Universidade Federal do Pará
    Graduação em Ecologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP - Rio Claro), Mestrado e Doutorado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas. E-mail [email protected]

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Publicado

2020-07-17

Edição

Seção

Estudos de Caso

Como Citar

SÍNDROMES DE DISPERSÃO E POLINIZAÇÃO EM UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA. (2020). Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 9(2), 765-782. https://doi.org/10.19177/rgsa.v9e22020765-782

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