História da alfabetização no Brasil: novos termos e velhas práticas
DOI:
https://doi.org/10.19177/prppge.v11e202017324-343Palavras-chave:
História da Alfabetização, Métodos, Construtivismo, Letramento, Histórico-culturalResumo
O presente trabalho tem como objetivo apresentar o percurso histórico do processo de alfabetização no Brasil, desde meados dos anos de 1880 até a década de 2012, com a assinatura do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). A pesquisa que ora se apresenta é fruto de trabalho realizado durante curso de Mestrado em Educação e fundamentou a escrita da dissertação. Muitos foram os contextos apresentados ao longo deste período, como o embate teórico entre os métodos sintético e analítico, de 1890 a 1920. Entre os anos de 1920 a 1970 predominaram os testes ABC. Na sequência imperou o tecnicismo, com nítida separação entre teoria e prática. Durante o período militar, 1964 a 1985, houve um ecletismo pedagógico, desprezando a Pedagogia de Paulo Freire. Já as décadas de 1980 a 2000 são marcadas pelas influências construtivistas. De 2008 até os dias, atuais o Letramento figura como a principal teoria adotada de forma oficial na formação inicial e continuada. Ao contrário da anterior, a teoria histórico-cultural ainda não fundamentou a política nacional de alfabetização no Brasil, embora pesquisas apontem para seu potencial crítico. Assim, observa-se que, embora se tenha substituído o embate teórico entre diferentes métodos de alfabetização pelo discurso construtivista ou do letramento, mas ao longo da História da Alfabetização sempre prevaleceu o ensino-aprendizagem do código em detrimento do significado da língua escrita.
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