História da alfabetização no Brasil: novos termos e velhas práticas

Autores

  • Eliane Pimentel Camillo Barra Nova de Melo Programa de Pós Graduação em Educação Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
  • Silvio César Moral Marques Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades - DGTH Programa de Pós Graduação em Educação Universidade Federal de São Carlos - Sorocaba

DOI:

https://doi.org/10.19177/prppge.v11e202017324-343

Palavras-chave:

História da Alfabetização, Métodos, Construtivismo, Letramento, Histórico-cultural

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo apresentar o percurso histórico do processo de alfabetização no Brasil, desde meados dos anos de 1880 até a década de 2012, com a assinatura do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). A pesquisa que ora se apresenta é fruto de trabalho realizado durante curso de Mestrado em Educação e fundamentou a escrita da dissertação. Muitos foram os contextos apresentados ao longo deste período, como o embate teórico entre os métodos sintético e analítico, de 1890 a 1920. Entre os anos de 1920 a 1970 predominaram os testes ABC. Na sequência imperou o tecnicismo, com nítida separação entre teoria e prática. Durante o período militar, 1964 a 1985, houve um ecletismo pedagógico, desprezando a Pedagogia de Paulo Freire. Já as décadas de 1980 a 2000 são marcadas pelas influências construtivistas. De 2008 até os dias, atuais o Letramento figura como a principal teoria adotada de forma oficial na formação inicial e continuada. Ao contrário da anterior, a teoria histórico-cultural ainda não fundamentou a política nacional de alfabetização no Brasil, embora pesquisas apontem para seu potencial crítico. Assim, observa-se que, embora se tenha substituído o embate teórico entre diferentes métodos de alfabetização pelo discurso construtivista ou do letramento, mas ao longo da História da Alfabetização sempre prevaleceu o ensino-aprendizagem do código em detrimento do significado da língua escrita. 

Biografia do Autor

  • Eliane Pimentel Camillo Barra Nova de Melo, Programa de Pós Graduação em Educação Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
    Possui mestrado em Educação pelo Programa de Educação da Universidade Federal de São Carlos-UFSCar (2015). Em 2005 concluiu a Especialização em Educação Especial "Dificuldades de Aprendizagem". Possui graduação em Pedagogia pela Faculdade de Educação São Luís (2004) e graduação em Matemática pela Faculdade de Educação São Luís (1998). Ficou entre as cinco finalistas em alfabetização no prêmio "Professor nota 10" da Fundação Victor Civita da Editora Abril em 2010 com o projeto "Livro de Receita". Há 18 anos trabalha como professora do Ensino Fundamental I em salas de alfabetização. Atualmente é professora efetiva do Ensino Fundamental I da Prefeitura Municipal de Sorocaba e professora universitária do NEP - Núcleo Educacional Pedagógico e do INEC - Integração em Educação Continuada com ênfase na formação continuada nas áreas de Alfabetização, Letramento e Psicopedagogia. Participa dos Grupos de Pesquisas: "Teorias e Fundamentos da Educação", "Grupo de Estudos e Pesquisas Estado, Política, Planejamento, Avaliação e Gestão da Educação? (GEPLAGE), grupos vinculados ao Programa de Pós-graduação em Educação da UFSCar, SorocabaSP.
  • Silvio César Moral Marques, Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades - DGTH Programa de Pós Graduação em Educação Universidade Federal de São Carlos - Sorocaba
    Graduado em Administração (1993) e Filosofia (1996) pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1999) e Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2005). Atualmente é Professor Associado II da Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética, atuando principalmente nos seguintes temas: Filosofia da Educação, Ética, Utilitarismo e David Hume.

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Publicado

2017-12-14

Edição

Seção

Dossiê Temático