TRAJETÓRIAS DE VIDA DE JOVENS NEGRAS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA NO CONTEXTO DAS AÇÕES AFIRMATIVAS

Autores

  • Wivian Weller
  • Maria Auxiliadora Gonçalves de Holanda

DOI:

https://doi.org/10.19177/prppge.v8e13201457-80

Palavras-chave:

Gênero, Raça/Etnia, Juventude, Ações Afirmativas, Cotas.

Resumo

O presente artigo analisa trajetórias biográficas de jovens negras que ingressaram pelo sistema de cotas na Universidade de Brasília, bem como suas experiências relacionadas à discriminação de gênero e étnico-racial, preconceito, estereótipos e formas de enfrentamento. A partir de entrevistas narrativas realizadas com estudantes dos cursos de Direito e Pedagogia, foi possível verificar que a família, a escola e a universidade produzem e reproduzem o racismo construído ao longo da história. Diante disso, algumas jovens reagem com apatia, no entanto, outras são combativas. O ingresso na universidade ao mesmo tempo em que ampliou as perspectivas com relação ao futuro profissional, também revelou situações de racismo existentes na instituição. O presente estudo oferece subsídios para a discussão sobre a implantação das políticas de cotas no Brasil, às quais vêm se configurando como possibilidade de reparo histórico das desigualdades.

Biografia do Autor

  • Wivian Weller

    Doutora em Sociologia pela Universidade Livre de Berlim. Professora Adjunta do Departamento de Teoria e Fundamentos, e do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da UnB. É bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq. Coordena o Observatório GERAJU. É editora de “Linhas Críticas” – Revista da Faculdade de Educação da UnB.

  • Maria Auxiliadora Gonçalves de Holanda
    Doutora em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UnB). Arte-terapeuta pelo Instituto Aquilae, no qual vem desenvolvendo trabalhos em arte-terapia com foco em autobiografia.

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Publicado

2014-06-16