O trabalho precarizado e a sociedade global

uma análise crítica no âmbito do gênero e da migração

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29293/rdfg.v8i01.333

Palavras-chave:

Migração. Gênero. Sociedade Global. Trabalho Precarizado.

Resumo

CONTEXTO: Observa-se no âmbito da sociedade global grandes dificuldades quanto às oportunidades de emprego no âmbito do gênero e da imigração. A globalização aumentou de forma substancial a mobilidade das forças de trabalho no mundo, o que não significa dizer que a qualidade das ofertas de trabalho aumente na mesma proporção.

OBJETIVO: O objetivo desse estudo é compreender as condições dos trabalhadores mais vulneráveis aos processos precarizantes e analisar quem são esses trabalhadores, identificando os grupos e os motivos que os tornam mais vulneráveis, visando assim, ao final identificar possibilidades de atuação para minimizar essa vulnerabilidade.

MÉTODO: Como metodologia de pesquisa, foi adotada a abordagem qualitativa do tipo exploratória a partir da descrição das características de um determinado fenômeno a partir de revisão bibliográfica.

RELEVÂNCIA/ORIGINALIDADE: Esse estudo pretende demonstrar para a comunidade acadêmica a lacuna ainda vigente em nosso país de estudos sobre a gradativa precarização das atividades dos trabalhadores a partir do avanço do processo de globalização principalmente a precarização do trabalho no âmbito do sexo feminino no contexto da sociedade global e a vulnerabilidade dos trabalhadores e trabalhadoras migrantes.

RESULTADOS: A partir dos dados identificados se identifica que com o avanço de políticas neoliberais por meio das novas tecnologias, há profissões mais suscetíveis à precarização do trabalho que por sua própria natureza, não sentem a força da ruptura com o contrato trabalhista, pois eram profissões desde sempre precarizadas, com suportes legislativos inexistentes ou muito fracos. Identifica-se uma sobrecarga que recai sobre o trabalhador, entretanto as mulheres são mais vulneráveis aos processos de precarização, uma vez que ainda se espera que as mulheres arquem com a maior parte do ônus de manutenção da casa, dos filhos e da vida em família de forma geral, dentro dessa estrutura social. Sujeitos a uma precarização extrema, mulheres negras, homens negros, trabalhadores e trabalhadoras migrantes, por suas características que os tornam mais vulneráveis na sociedade, são também mais suscetíveis às relações precarizadas.

CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS/METODOLÓGICAS: Os processos globalizatórios privilegiaram o capitalismo excludente, desconsiderando os indivíduos, o que provoca uma inversão de valores na regulação social. O fortalecimento dos direitos humanos e o reconhecimento dos direitos sociais  torna-se essencial no processo de repensar e reconstruir o trabalho, adotando para tanto, uma abordagem transnacional que privilegie a adoção de medidas de proteção aos direitos das minorias, não somente no campo do trabalho, como referente às políticas públicas, saúde, educação e seguridade social.

CONTRIBUIÇÕES: O presente estudo visa proporcionar a compreensão dos desafios representados pela implementação de um Direito Trabalhista Global Reflexivo e do papel da OIT na promoção dos Direitos Humanos e no combate às desigualdades sociais.  

Biografia do Autor

  • Fernanda Colomby Ortiz, Universidade do Estado do Rio Grande do Sul (UERGS), Porto Alegre, RS, Brasil.

    Mestra em Direito pela UNILASALLE. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Universidade Anhanguera. Bacharel em Direito pela PUC/RS. Advogada

  • José Alberto Antunes de Miranda, Universidade La Salle (UNILASALLE), Canoas, RS, Brasil

    Doutor em Estudos Estratégicos Internacionais pela UFRGS. Mestre em Relações Internacionais pela UFRGS. Bacharel em Direito pela UNISINOS. Professor Permanente do PPGD da UNILASALLE.

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Publicado

2021-07-07

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O trabalho precarizado e a sociedade global: uma análise crítica no âmbito do gênero e da migração. Revista de Direito da Faculdade Guanambi, Guanambi, v. 8, n. 01, p. e333, 2021. DOI: 10.29293/rdfg.v8i01.333. Disponível em: https://portaldeperiodicos.animaeducacao.com.br/index.php/RDFG/article/view/13951.. Acesso em: 1 jul. 2024.