Educação dos sentidos: estética e biopolítica na experiência surrealista

Autores

  • Carlos José Martins Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Júnior" (UNESP)

DOI:

https://doi.org/10.19177/prppge.v4e02011120-136

Palavras-chave:

Educação dos sentidos, Surrealismo, Estética, Biopolítica Biopolítica

Resumo

Este trabalho toma por tema a (re)educação dos sentidos tal como foi empreendida na experiência estética dos primórdios do movimento surrealista. Em especial, toma-se como foco a relação entre o corpo, o espaço-tempo da cidade moderna como uma das mais instigantes experiências surrealistas. Tal experiência se estabelece entre dois pólos. De um lado, temos a estruturação biopolítica da cidade com todos os dispositivos de esquadrinhamento, controle e racionalidade que lhes são característicos. Por outro lado, a este ordenamento disciplinador do corpo urbano, a experiência estética empreendida pelo movimento se constituiu como um contraponto. É em uma de suas principais obras, O Camponês de Paris (1926) de Louis Aragon, que vamos encontrar a expressão mais pujante deste exercício. A deambulação pelo espaço urbano moderno, heterogêneo e mutante se oferece como um dos mais ricos e fecundos experimentos de encontros múltiplos ao acaso.

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Publicado

2011-11-22

Edição

Seção

Artigos