A cultura escolar catarinense na década de 1850: a criação do Liceu Provincial e o debate em torno da contratação de professores alemães e protestantes

Autores

  • Leonete Luzia Schmidt Unisul

DOI:

https://doi.org/10.19177/prppge.v2e4200924-41

Palavras-chave:

Educação Catarinense, Liceu Provincial, Ensino Secundário em Santa Catarina

Resumo

O presente trabalho resulta de pesquisa realizada com o objetivo de conhecer aspectos da cultura escolar catarinense, da década de 1850. Buscou-se descrever e analisar alguns elementos-chave que compõem a organização e o funcionamento do Liceu Provincial, tais como as normas, os tempos, os espaços, os sujeitos, os conhecimentos e as práticas escolares. Foram analisados documentos oficiais, como relatórios do presidente da Província, do diretor geral de Instrução Pública, do diretor do Liceu Provincial, entre outros documentos. Além dessas fontes, também as notícias de jornais sobre a instrução pública foram constantemente utilizadas para se contrapor aos documentos oficiais. A educação escolar catarinense desse período apresenta traços do liberalismo moderado, característico das primeiras décadas após a proclamação da independência. Ao mesmo tempo que a instrução é proclamada como necessária, também é sinônimo de perigo. Sendo assim, o ideário era criar escolas que atendessem determinados interesses. As normas e práticas deveriam girar em torno de valores como obediência à religião católica e às instituições do Estado. Neste sentido a contratação de professores protestantes ou ateu para Liceu gerou uma série de conflitos na Província, ao mesmo tempo, que foram disseminadores de uma nova cultura na prática escolar.

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Publicado

2009-12-30

Edição

Seção

Artigos