REGISTROS HISTÓRICOS E REANÁLISES NAS ANOMALIAS DE PRECIPITAÇÃO DO RIO GRANDE DO SUL DE 1901 A 1960

Autores

  • Pedro Teixeira Valente UFRGS
  • Francisco Eliseu Aquino UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.19177/rgsa.v7e02018447-462

Palavras-chave:

Variabilidade climática. ENOS. Eventos Extremos. Desastres.

Resumo

 

Este trabalho recuperou registros históricos de precipitação e eventos extremos em jornais nos primeiros 60 anos do século XX e comparou com séries de reanálises a fim de investigar quais eventos extremos históricos coincidem em data e intensidade com os extremos das reanálises, no Rio Grande do Sul (RS). A série histórica gerada foi construída a partir de notícias de inundação, enchentes, estiagens e secas nas notícias pesquisadas. As reanálises utilizadas provem da Universidade de Delaware (DLW) e consistem em uma grade de 0,5º x 0,5º disponíveis para o período 1900 - 2008.  As séries anômalas foram dividas em três zonas (Campanha, Litoral e Planalto) para melhor detalhamento do comportamento espacial e analisadas nas fases: El Niño, Neutro e La Niña. Observou-se que as zonas Campanha e Planalto são mais suscetíveis às fases do El Niño – Oscilação Sule a zona Litoral demonstrou menor influência aparente. A análise das séries de anomalias DLW e de todos os aglomerados de notícias encontradas, coincidem com anomalias iguais ou superiores (inferiores) a 50 (-50 mm) mensais. Com exceção de um único evento na década de 1950 que não coincidiu com os episódios extremos de precipitação. Abril de 1959 teve a maior anomalia do período (200 mm, no valor mínimo para as três zonas) e a menor ocorreu em outubro de 1924 (-85 mm, no valor mínimo entre as três zonas). Conclui-se que esta comparação e os registros históricos possibilitaram determinar a ocorrência dos eventos extremos de precipitação e também identificar o número de dias chuvosos de cada episódio. A fase neutra demonstrou anomalias positivas (negativas) nos mesmos níveis das anomalias de El Niño e La Niña a partir de 1930, indicando que outros fatores e modos de variabilidade também devem influenciar na precipitação do RS.

Biografia do Autor

  • Pedro Teixeira Valente, UFRGS
    Geógrafo, UFRGS (2015); Mestre em Geografia UFRGS (2018); Doutorando em Climatologia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFRGS. E-mail: [email protected]
  • Francisco Eliseu Aquino, UFRGS
    Geógrafo, Professor do Departamento de Geografia, coordenador do NOTOS – Laboratório de Climatologia e pesquisador do Centro Polar e Climático, professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFRGS. E-mail: [email protected]

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Publicado

2018-08-15

Como Citar

REGISTROS HISTÓRICOS E REANÁLISES NAS ANOMALIAS DE PRECIPITAÇÃO DO RIO GRANDE DO SUL DE 1901 A 1960. (2018). Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 7, 447-462. https://doi.org/10.19177/rgsa.v7e02018447-462

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