PERCEPÇÃO AMBIENTAL E EXTRATIVISMO DA MANGABEIRA: UM ESTUDO EM COMUNIDADES DO RIO GRANDE DO NORTE
DOI:
https://doi.org/10.19177/rgsa.v8e42019420-442Palavras-chave:
Sociedade e Natureza, Recursos Naturais, Conflitos socioambientais.Resumo
Nas últimas décadas, a ação antropogênica e o aumento da degradação ambiental intensificaram a vulnerabilidade da mangabeira em diversas regiões do Nordeste. Nesse contexto, o conhecimento das populações locais através do estudo da percepção ambiental pode contribuir para conservação da espécie, por viabilizar melhor compreensão da sustentabilidade e atividades antrópicas atuantes na região. Este estudo buscou analisar a percepção ambiental de catadores de mangaba em comunidades rurais do Rio Grande do Norte. Os procedimentos metodológicos utilizados foram: 1) Visitas de campo; 2) observação participante; 3) entrevistas semiestruturadas e 4) técnica de saturação teórica dos dados. Como resultado, constatou-se que a coleta de mangaba é realizada predominantemente por mulheres com idade entre 41 a 60 anos. A maioria possui ensino fundamental incompleto e renda média mensal de um salário mínimo. A percepção dos catadores indica que eles possuem conhecimentos em relação à mangabeira, apresentam alta dependência de seus recursos e percebem que os mesmos estão se exaurindo. A redução das áreas remanescentes de mangabeira, a restrição de acesso aos locais de coleta e as dificuldades de comercialização são apontados como os principais desafios para o desenvolvimento do extrativismo na região. As comunidades de Timbó e Boa Água apresentam boa atuação na conservação da mangabeira, porém precisam ser utilizadas estratégias para integrar a conservação dos recursos genéticos e culturais, como por exemplo, programas de capacitação organizacional para beneficiamento da mangaba.
Palavras-chave: Populações locais. Conservação. Produtos florestais não madeireiros.
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