CONTRIBUIÇÃO DA MACRÓFITA AQUÁTICA Eichhornia crassipes NA REMOÇÃO DE NITROGÊNIO AMONIACAL DE EFLUENTES SANITÁRIOS

Autores

  • André Luis Vilanova Ribeiro
  • Fabiana Soares dos Santos
  • André Marques dos Santos
  • Ricardo de Freitas Branco

DOI:

https://doi.org/10.19177/rgsa.v8e32019215-234

Palavras-chave:

Tratamento de efluentes, Tratamento biológico, Fitorremediação, Sustentabilidade

Resumo

O lançamento, em corpos aquáticos, de águas residuárias não tratadas tem comprometido a qualidade e a disponibilidade de água doce no planeta. Uma forma de resolver este problema é investir no tratamento de águas residuárias, sobretudo de efluentes sanitários. Os sistemas de leitos cultivados (LC) constituem-se em uma alternativa ecológica, pois são baseados nos mecanismos de autodepuração que ocorrem em áreas alagadas e, por isso, possuem baixo custo de implantação, operação e manutenção. Este trabalho teve como objetivo avaliar, por meio de dois bioensaios simulando LC, a contribuição da macrófita aquática Eicchornia crassipes na remoção de N-amoniacal de efluentes sanitários pós-tratamento secundário. No bioensaio I, foi avaliada a influência do aumento do número de plantas por vaso na remoção de N-amoniacal do efluente. Plantas de E. crassipes foram dispostas em vasos contendo 6 L de efluente e em cada tratamento foi testada a influência do aumento do número de plantas por vaso: 1, 2 e 3 plantas/vaso e 3 tempos de detenção hidráulica (TDH): 7, 14 e 21 dias. Os resultados do bioensaio I mostraram a eficiência das plantas na remoção de N-amoniacal do efluente, sendo esta remoção mais significativa até o TDH de 14 dias em vasos contendo 3 plantas. No bioensaio II, foi estudada a influência do estádio de desenvolvimento da planta de E. crassipes: parte aérea alta e parte aérea baixa, na eficiência de remoção de N-amoniacal do efluente em dois TDH: 14 e 28 dias, com a colheita dos espécimes dispostos nos LC no TDH 14 dias, e a reposição com novos espécimes e cultivo por mais 14 dias. Neste bioensaio foi evidenciada a viabilidade de utilização de LC com esta macrófita aquática para a remoção de N-amoniacal no efluente analisado, tendo sido alcançada 100% de remoção de N-amoniacal, ao final do experimento.

Biografia do Autor

  • André Luis Vilanova Ribeiro
    Tecnólogo em Gestão Ambiental pelo Instituto Superior de Tecnologia de Paracambi (IST/FAETEC). Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Especialista em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Mestre em Tecnologia Ambiental pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
  • Fabiana Soares dos Santos
    Graduada em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Mestra em Agronomia/Ciência do Solo pela UFRRJ. Doutora em Agronomia/Ciência do Solo pela UFRRJ. Professora associada do Departamento de Engenharia de Agronegócios da Universidade Federal Fluminense.
  • André Marques dos Santos
    Graduado em Agronomia pela UFRRJ. Especialista em Biotecnologia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). Doutor em Agronomia pela UFRRJ. Professor Adjunto da UFRRJ e Pesquisador Associado junto ao Laboratório de Bioquímica de Plantas do Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da UFRRJ.
  • Ricardo de Freitas Branco
    Graduado em Engenharia Bioquímica pela Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo (EEL/USP). Doutor em Ciências (Biotecnologia Industrial) pela EEL/USP. Professor da UFF.

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Publicado

2019-10-03

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CONTRIBUIÇÃO DA MACRÓFITA AQUÁTICA Eichhornia crassipes NA REMOÇÃO DE NITROGÊNIO AMONIACAL DE EFLUENTES SANITÁRIOS. (2019). Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 8(3), 215-234. https://doi.org/10.19177/rgsa.v8e32019215-234

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