INDICADORES DE PERDAS DE ÁGUA EM SISTEMAS DE SANEAMENTO: DISPONIBILIDADE E CONFIABILIDADE DE DADOS EM NÍVEL DE BACIA HIDROGRÁFICA

Autores

  • Aline Doria Santi Universidade Federal de São Carlos.
  • Tiago Balieiro Cetrulo Universidade de São Paulo.
  • Tadeu Fabrício Malheiros Universidade de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.19177/rgsa.v7e22018386-410

Palavras-chave:

Indicadores de perdas de água. Disponibilidade de dados. Confiabilidade de dados.

Resumo

A baixa capacidade técnica, gerencial e financeira existente em países como o Brasil, dificulta a geração de dados aplicáveis aos indicadores de perda de água na distribuição, apontados como fundamentais na redução dos volumes perdidos atualmente. Nesta perspectiva, este estudo se dedicou em analisar quais indicadores têm maior disponibilidade de dados, a partir da consulta a especialistas do setor de saneamento, e o grau de confiabilidade dos dados gerados analisando, como estudo de caso, 52 sistemas operados no contexto das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Dados do Sistema Nacional de Informação sobre saneamento demonstram que os dados de volume que compõem os indicadores melhor avaliados de fato têm boa disponibilidade, sendo mensurados por mais de 90% dos sistemas do Brasil. Em contrapartida, a confiabilidade destes dados é discutível e influenciada por alguns fatores. As análises conduzidas no contexto das bacias PCJ indicam que os dados gerados por sistemas operados em um modelo centralizado apresentam baixa confiabilidade, enquanto os geridos no modelo descentralizado apresentam confiabilidade elevada, pelo acesso aos recursos do capital privado que facilitam os investimentos no setor. Estas assertivas trazem a luz a necessidade de articulação dos atores envolvidos nos sistemas para a priorização de investimentos que possibilitem a geração de dados válidos para fins de controle e planejamento, reduzindo assim os níveis de perdas, os quais têm gerado adversidades tanto do ponto de vista ambiental, indo na contramão do uso racional dos recursos hídricos, como no aspecto econômico tornando a operação dos sistemas onerosa.

Biografia do Autor

  • Aline Doria Santi, Universidade Federal de São Carlos.
    Gestora e Analista Ambiental pela Universidade Federal de São Carlos. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental da Universidade de São Paulo. E-mail: [email protected]
  • Tiago Balieiro Cetrulo, Universidade de São Paulo.
    Engenheiro Agrônomo pela Universidade de São Paulo, Mestre em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo e atualmente é doutorando em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo. E-mail: [email protected]
  • Tadeu Fabrício Malheiros, Universidade de São Paulo.

    Engenheiro Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (1991), Engenheiro Ambiental pela Faculdade de Saúde da USP (1993), mestrado em Resources Engineering - Universitat Karlsruhe (1996), doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (2002), pós-doutorado em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública - USP (2006). Atualmente é professor associado na Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. É coordenador do programa de Pós Graduação Mestrado Profissional em Rede Nacional para Ensino das Ciências Ambientais. É membro da Comissão de Sustentabilidade da EESC/USP. E-mail: [email protected]

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Publicado

2018-04-27

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

INDICADORES DE PERDAS DE ÁGUA EM SISTEMAS DE SANEAMENTO: DISPONIBILIDADE E CONFIABILIDADE DE DADOS EM NÍVEL DE BACIA HIDROGRÁFICA. (2018). Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 7(2), 386-410. https://doi.org/10.19177/rgsa.v7e22018386-410

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