DESCARTE DE RESÍDUOS DE MEDICAMENTOS E IDENTIFICAÇÃO DE PROVÁVEIS DESTINOS AMBIENTAIS: Avaliação Realizada em Unidade Básica de Saúde de um Município de Pequeno Porte do Centro-Oeste de Minas Gerais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59306/rgsa.v12e12023e10248

Palavras-chave:

Uso Racional De Medicamentos, Logística Reversa De Medicamentos, Descarte Resíduos Farmacêuticos

Resumo

Uma das causas do aumento da produção de resíduos sólidos de serviços de saúde está vinculada ao uso irracional de medicamentos. Sendo assim, o objetivo desse trabalho é avaliar o perfil de utilização de medicamentos, em um município de pequeno porte, localizado no Centro-Oeste de Minas Gerais, suas formas de descarte dos resíduos de medicamentos, com vistas à identificação de prováveis rotas de impactos e destinos ambientais, bem como caracterizar os resíduos farmacêuticos encontrados em um ponto de coleta de uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Desse modo, de fevereiro a julho de 2018, foram coletados dados referentes à medicação de 173 pacientes polifármacos, que são: nome do medicamento, concentração, posologia e frequência de uso. Também foi avaliada a forma de descarte dos medicamentos quando estiverem vencidos ou não forem mais utilizados. Além disso, foram esquematizadas, em fluxogramas, as rotas de aspectos ambientais dos resíduos farmacêuticos, bem como a caracterização dos resíduos medicamentosos de uma das UBS do município. Destacam-se os seguintes resultados: a principal forma de descarte de medicamentos é o lixo doméstico (32%), mas acumulá-los em casa ainda é a prática mais comum (35%); a forma de coleta e armazenagem dos medicamentos descartados, na UBS, não atende às normativas da Resolução n.º 222/2018 da Anvisa, nem da ABNT 16457/2016; ainda, confirmou-se que os medicamentos pertencentes às classes mais consumidas (sistema nervoso e cardiovascular), são os mais descartados. Concluiu-se, por fim, que a estratégia mais indicada de intervenção sobre o problema do descarte de medicamentos é a Logística Reversa, devendo ser incentivada como o aproveitamento energético dos resíduos.

Biografia do Autor

  • Renata Oliveira Luís, Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF/MG).

    Fiscal farmacêutica no Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRFMG). Possui graduação em Farmácia pela Universidade José do Rosário Vellano - Campus BH e Mestrado Profissional em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental pelo Instituto Federal de Minas Gerais campus Bambuí com a linha de pesquisa Planejamento e Gestão Ambiental e enfoque na "Logística Reversa de Medicamentos". É especialista em Gestão Pública pela Universidade Federal de Lavras com enfoque nas ações de vigilância sanitária e de saúde pública. Tem experiência na área de Farmácia, com Fiscalização Profissional e em ações de Vigilância Sanitária; com educação em saúde contemplando desde atividades voltadas para o público profissional quanto para o público acadêmico. Também possui experiência de atuação na Indústria Farmacêutica de medicamentos, cosméticos e alimentos e em farmácia clínica com atendimento de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

  • Hygor Aristides Victor Rossoni, Universidade Federal de Viçosa - Campus Bambuí
    Graduado em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa (2005), mestre em Ciência Florestal pela mesma instituição (2007) e Doutor em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Minas Gerais (2015). Atualmente é professor da Universidade Federal de Viçosa - Campus de Florestal. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária e Ambiental, com ênfase em Controle da Poluição e Saneamento, atuando, principalmente, nos seguintes áreas temáticas: políticas públicas de saneamento, tratamento e reutilização de efluentes ou águas residuárias; gerenciamento de resíduos sólidos, monitoramento e controle ambiental e gerenciamento de recursos hídricos. Foi o primeiro coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental e Diretor de Ensino da UFV - Campus de Florestal. Recentemente atua como membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) e Coordenador Suplente do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental. Coordena as seguintes disciplinas: i) Controle Ambiental na Indústria; ii) Coleta e Tratamento de Águas Residuárias; iii) Gestão Ambiental; iv) Manejo e Tratamento de Poluentes; v) Ética e Atuação Profissional; vi) Qualidade da Água e Tratamento de Resíduos; vii) Sustentabilidade Ambiental e viii) Turismo e Meio Ambiente. Recentemente (2017) vem atuando como docente e orientador permanente do Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental (Mestrado Profissional) do Instituto Federal de Minas Gerais - Campus Bambuí, desenvolvendo trabalhos nas linhas de pesquisas referentes a Gestão e Planejamento Ambiental e Tecnologia Ambiental. As orientações estão sendo desenvolvidas nas seguintes áreas de interesses: i) Planejamento, Gestão e Avaliação de Políticas Públicas de Saneamento; ii) Tecnologias de Tratamentos de Águas de Abastecimento e Residuárias; e iii) Controle Ambiental em Processos Agrícolas e Industriais.

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Publicado

2023-04-25

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Artigos

Como Citar

DESCARTE DE RESÍDUOS DE MEDICAMENTOS E IDENTIFICAÇÃO DE PROVÁVEIS DESTINOS AMBIENTAIS: Avaliação Realizada em Unidade Básica de Saúde de um Município de Pequeno Porte do Centro-Oeste de Minas Gerais. (2023). Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 12(1), e10248. https://doi.org/10.59306/rgsa.v12e12023e10248

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