A corporeidade da intérprete de libras na percepção dos sentidos produzida por interlocutores surdos

Autores

  • Ciriane Jane Casagrande da Silva

Palavras-chave:

Intérprete, Língua de Sinais, Corporeidade, Inclusão

Resumo

Os referenciais teóricos especializados na área da surdez são profícuos ao tratar da importância da Libras como um fenômeno linguístico, contudo, nesta pesquisa, buscou-se um referencial sobre a corporeidade. Com esse olhar, voltado especificamente ao uso das “expressões não-manuais” na produção de sentidos, pretende-se uma interlocução entre a interpretação e a corporeidade da intérprete de Libras, ou seja, enxergar a interpretação para além da produção sustentada por um corpo dualista e tecnicista, para o “não dito”. Para tanto, foi realizada uma filmagem com cinco intérpretes e que foi analisada por seis surdos, na qual surgiram duas categorias: as expressões faciais e corporais e a interpretação no contexto da história. Com contribuições de Merleau-Ponty, entre outros autores, os resultados finais direcionam-se para o fato de que o uso adequado das expressões não-manuais e do conhecimento gramatical, não necessariamente redunda em um corpo que fala. A intérprete deve evidenciar, ao interpretar em língua de sinais, uma emoção, uma clareza, um sentido, isto é, uma corporeidade como instância de produção de sentidos para os surdos.

Biografia do Autor

  • Ciriane Jane Casagrande da Silva
    Pedagoga e Educadora Física. Especialista em Educação Especial, Deficiência Auditiva e Deficiência Intelectual. Mestre em Educação pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Docente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Colégio de Aplicação.

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