Passagens e trocas clandestinas: os escritos de Ramos, Arenas e Genet

Autores

  • Daniel Felix de Campos

DOI:

https://doi.org/10.19177/ufd.v2e3201117-34

Palavras-chave:

Narrativas e testemunhos, Máquinas e engrenagens, Aparato-aparelho, Corpos, Passagens, desejo e cartografias

Resumo

O artigo que proponho se concentra nas narrativas prisionais de Graciliano Ramos, Reinaldo Arenas e Jean Genet. Para a leitura proposta, detenho-me no aparato-aparelho carcerário, com atenção às engrenagens que movem a máquina carcerária no exercício do controle e da vigilância (penso no poder do Panóptico), contudo, contemplo, notadamente, o poder paralelo que realiza as passagens e as trocas clandestinas. No entrecruzamento desses dois poderes procuro, particularmente, apreender algumas estratégias “beligerantes”, ou os estratagemas que se traduzem em linhas de fuga, camuflagens, processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização comandados pelo desejo da construção clandestina de passagens/trocas desejantes por parte dos corpos aprisionados. Brevíssima cartografia das passagens. Passagens, desejos, corpos, cavidades, trocas, narrativas e testemunhos são desvelados.

Biografia do Autor

  • Daniel Felix de Campos
    Doutor em teoria literária pela Universidade Federal de Santa Catarina e pela Université Paris X. Durante a tese, estudei diversas narrativas literárias contemporâneas produzidas no confinamento, mais notadamente as de Graciliano Ramos, nos anos 30, Genet, entre os anos 30 e 40, e Arenas, em Cuba, nos anos 70.

Downloads

Publicado

2011-07-01

Edição

Seção

Artigos