DIREITO, PODER E RESISTÊNCIA NO FILME CAPITÃES DA AREIA

Autores

  • Willis Santiago GUERRA FILHO PUC-SP (Prof. Livre-Docente) e UNIRIO (Prof. Titular - Livre-Docente). https://orcid.org/0000-0002-0315-9231
  • Thulio José Michilini Muniz de CARVALHO PUC-SP (MESTRADO EM DIREITO) https://orcid.org/0000-0002-8627-8673

Palavras-chave:

Direito, Poder, Resistência, Cinema, Capitães da Areia

Resumo

Objetivos: O artigo examina a relação entre Direito, poder e resistência, sob o prisma de uma pragmática jurídica pensada a partir e além de Niklas Luhmann. Pretende-se esclarecer o assunto e demonstrar como a chamada crise de legitimidade estatal se manifesta nas tramas colhidas do filme Capitães da Areia e da obra de Jorge Amado de mesmo nome.

 

Metodologia: O estudo adota abordagem predominantemente dialética, baseia-se em técnica de pesquisa bibliográfica, tendo propósitos zetéticos (investigativo-problematizantes) e dimensão transdisciplinar (direito, política, religião, arte e teoria da linguagem). 

 

Resultados: Demonstra-se, com base numa visão sociológico-pragmática do Direito, que se pode enxergar a legitimidade estatal e a crise desta como questão de sustentabilidade (fática) da autoridade do Estado enquanto tal, apartando-se, portanto, da visão predominante que encara o problema da legitimidade estatal como questão de validade normativa. Isso é utilizado como ponto de partida para concluir que sociedades desiguais como a brasileira são ambiente fértil para a ocorrência da chamada crise de legitimidade estatal. Por fim, mostra-se, a partir do filme Capitães da Areia e do livro homônimo, que a resistência ao abuso do poder estatal pode se dar tanto por meio da tradição religiosa quando da própria morte.

 

Contribuições: Aprofundam-se questões ainda pouco exploradas em âmbito nacional, como o problema da crise de legitimidade do Direito e do Estado nos quadros da tradição pragmática fundada por Niklas Luhmann. Exploram-se, ainda, conexões entre direito, política, religião, arte e problemas sociais (raça, pobreza etc.), o que confere ao texto dimensão transdisciplinar pouco frequente na literatura jurídica pátria. 

Biografia do Autor

  • Willis Santiago GUERRA FILHO, PUC-SP (Prof. Livre-Docente) e UNIRIO (Prof. Titular - Livre-Docente). https://orcid.org/0000-0002-0315-9231

    Professor Titular do Centro de Ciências Jurídicas e Políticas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Professor permanente dos Cursos de Mestrado e Doutorado em Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Livre-Docente em Filosofia do Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutor em Ciência do Direito pela Universidade de Bielefeld, Alemanha. Doutor e Pós-Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor em Comunicação e Semiótica e Doutor em Psicologia Social/Psicologia Política (PUC/SP).

  • Thulio José Michilini Muniz de CARVALHO, PUC-SP (MESTRADO EM DIREITO) https://orcid.org/0000-0002-8627-8673

    Mestrando em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Bacharel em Direito pela PUC/SP. Advogado atuante em Direito Público (Administrativo, Constitucional e Tributário).

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Publicado

2023-05-22

Edição

Seção

Artigos