Transfusões violentas: estratégias de e contra a imunidade no cinema brasileiro contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.19177/rcc.v5e22010471-483Keywords:
Cinema Brasileiro, Violência, ImunizaçãoAbstract
Violência, nos filmes, geralmente e gerada por uma lógica “imunizadora”, que, de acordo com Roberto Esposito, e típica das sociedades contemporâneas. Esposito diz que a lógica imunizante pode ser vista em instituições estatais, no direito, na organização territorial ou comunidades étnicas identificadas por elemento em comum (linguagem, religião, cultura). Tais grupos tendem a se isolar, imunizando-se contra o mundo “de fora”. Os filmes respondem a exclusão violenta com uma “imagem violenta” (e não uma “imagem da violência”, que se apresenta como uma correção do mundo), um tipo de violência que e uma recusa da violência excludente. Essa “imagem violenta” e uma linha de fuga que atravessa muitos segmentos “imunizados” contra o que e “estranho”, “estrangeiro”, restabelecendo o transito. Este artigo questiona como o discurso cinematográfico cria situações violentas onde os espectadores são desafiados a encarar sua própria auto-imunizacao e chamados a re-estabelecer o fluxo violento da imagem que e, antes de tudo, irradiação, explosão, contaminação.Downloads
Published
2010-12-01
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