A metamorfologia de Macunaíma: notas iniciais

Autores

  • Alexandre Nodari Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v15e1202041-67

Palavras-chave:

Sobredeterminação, Equivocação, Transposição enunciativa, Macunaíma

Resumo

O artigo busca esboçar novos caminhos de leitura de Macunaíma, demonstrando como a rapsódia está sobredeterminada por (ao menos) dois regimes de enunciação e imaginação (e corolariamente dois regimes criativos e temporais): o “ocidental” e o “ameríndio”. Adiantando uma série de questões da etnologia americanista contemporânea, a narrativa, enquanto sintoma da procura impossível pelo Brasil, operaria constantes transposições e equivocações entre um regime e outro, tendo como resultado um caráter (formalmente) metamórfico, irredutível a uma (única) morfologia.

Biografia do Autor

  • Alexandre Nodari, Universidade Federal do Paraná
    Professor de Literatura Brasileira e Teoria Literária da Universidade Federal do Paraná; colaborador dos Programas de Pós-Graduação em Letras e Filosofia da mesma instituição. Editor da revista Letras e coordenador do SPECIES - Núcleo de antropologia especulativa (http://speciesnae.wordpress.com/).

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Publicado

2020-06-30

Edição

Seção

Dossiê: Cenografias da voz, ontografias do sentido: corpo e enunciação, historicidade e ontologia