Política da crise educacional: causa ou efeito da racionalidade autoritária e plutocrática mundial?
DOI:
https://doi.org/10.19177/rcc.v14e22019161-181Palavras-chave:
Educação, Pensamento, Universidade, Subjetivação, Plutocracia, ExceçãoResumo
O presente artigo tem como objetivo promover o debate em torno das estratégias plutocráticas de mercantilização de um dos bens públicos fundamentais para a constituição autônoma de cidadãos e de culturas, povos e países, a educação. Mas, a lógica de precarização da educação, senão da mercantilização da educação, características de governos despóticos, autoritários a serviço da plutocracia financeirizada global implica na estratégia de aniquilação da potência do pensamento constitutiva de singularidades comprometidas com os direitos humanos, com a dignidade da vida em sua totalidade e, sobretudo com a defesa do espaço público, do bem comum, condições primordiais na conformação de sociedades e, de um mundo suficientemente humano e responsável com as futuras gerações. O artigo sugere que é condição intransferível num contexto de acumulação do capital financeiro, controlado pela plutocracia nacional e global, promotor da crise como técnica determinante das formas de governo, sob a prerrogativa de um estado de direito, operacionalizado pelo permanente estado de exceção, manter atuante a potência do pensamento que historicamente encontrou acolhida e se desenvolveu no seio das universidades. Sobretudo nas circunstâncias da sociedade brasileira constituída sob o ethos da escravidão, as universidades públicas constituem-se como lócus par excellence de constituição de reflexões, análises e questionamentos que viabilizem nos tomarmos como objeto, compreendendo os limites, mas sobretudo as potencialidades civilizatórias a nossa disposição.Downloads
Publicado
2019-12-10
Edição
Seção
Dossiê: Política da crise: as universidades e a crise do pensamento
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