Teorema ou a ciência da estranheza

Autores

  • João Barreto da Fonseca Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
  • José Elenito Teixeira Morais Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v13e1201871-83

Palavras-chave:

Estrangeiro, Modo de vida, Burguesia, Hábito

Resumo

Pier Paolo Pasolini acreditava que o cinema era uma arte tão revolucionária que poderia com ela iluminar os momentos históricos obscuros, unir ética e estética na criação de um tipo de ciência nova, que pudesse libertar o homem de suas trágicas opressões, e, de quebra, demolir metaforicamente as edificações de sistemas opressores. Em Teorema, na residência da elite aristocrática de Milão, Itália, o escritor insere seu Cavalo de Troia: o estrangeiro. Mas, antes de gerar morte e destruição, Pasolini está interessado na demolição de hábitos e memórias, na intenção de traçar novos caminhos, outras composições, forçando a percepção à total perda de “eficiência”, desautorizando clichês, lançando os seus personagens num universo de uma brutal novidade. Como crítico da modernidade, em Teorema, livro e filme lançados em 1968, Pasolini não vê mais novidade nas vanguardas e aponta a destruição como um caminho. 

Biografia do Autor

  • João Barreto da Fonseca, Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
    Pós-doutor em Educação (UERJ), com trabalho na área de audiovisualidades; doutor em Comunicação e Cultura (UFRJ), na linha de Tecnologias e Estéticas da Comunicação; mestre em Estudos Literários (Ufes). Graduado em Jornalismo (Ufes).
  • José Elenito Teixeira Morais, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)
    Doutorando em Estudos de Linguagens no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG); mestre em Teoria Literária e Crítica da Cultura e graduado em Psicologia pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Bacharel em Teologia pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.

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Publicado

2018-06-29

Edição

Seção

Dossiê: “1968. Uma anamnese” - Organização: Artur de Vargas Giorgi (UNISUL)