Teorema ou a ciência da estranheza
DOI:
https://doi.org/10.19177/rcc.v13e1201871-83Palavras-chave:
Estrangeiro, Modo de vida, Burguesia, HábitoResumo
Pier Paolo Pasolini acreditava que o cinema era uma arte tão revolucionária que poderia com ela iluminar os momentos históricos obscuros, unir ética e estética na criação de um tipo de ciência nova, que pudesse libertar o homem de suas trágicas opressões, e, de quebra, demolir metaforicamente as edificações de sistemas opressores. Em Teorema, na residência da elite aristocrática de Milão, Itália, o escritor insere seu Cavalo de Troia: o estrangeiro. Mas, antes de gerar morte e destruição, Pasolini está interessado na demolição de hábitos e memórias, na intenção de traçar novos caminhos, outras composições, forçando a percepção à total perda de “eficiência”, desautorizando clichês, lançando os seus personagens num universo de uma brutal novidade. Como crítico da modernidade, em Teorema, livro e filme lançados em 1968, Pasolini não vê mais novidade nas vanguardas e aponta a destruição como um caminho.Downloads
Publicado
2018-06-29
Edição
Seção
Dossiê: “1968. Uma anamnese” - Organização: Artur de Vargas Giorgi (UNISUL)
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