Mito de Orfeu em Um trem para as estrelas: a canção e o filme

Autores

  • Jussara Bittencourt de Sá

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v7e22012362-371

Palavras-chave:

Cinema, Música, Mito de Orfeu

Resumo

Este estudo apresenta uma análise sobre a presença do Mito de Orfeu, a partir dos os aspectos inter e intratextuais nas obras (canção e filme) Um Trem para as Estrelas. O recorte teórico utilizado está pautado nas reflexões sobre a linguagem literária e cinematográfica, com ênfase na teoria bakhtiniana da heteroglossia, do dialogismo, da polifonia e da carnavalização. O filme produzido em 1987, dirigido por Carlos (Cacá) Diegues Um Trem para as Estrelas, o filme, coloca em cena a odisseia de Vinícius/Vina (Guilherme Fontes) à procura de sua amada Eunice/Nicinha (Ana Beatriz Witgen), e a busca de sua consagração como músico. A canção homônima “Um Trem para as Estrelas” foi criada por Cazuza em parceria com Gilberto Gil, com objetivo compor a trilha sonora do referido filme. Na análise procura-se também avaliar a presença da persona Cazuza, na medida em que atua como personagem representando o artista Cazuza. Destaca-se também que a ironia aparece nas linhas das urdiduras que contribuem para a tessitura das obras. Constatou-se, pela consonância versos/cenas, a maneira peculiar em que o Mito de Orfeu aparece desenhado no poema/música e filme/imagens.

Biografia do Autor

  • Jussara Bittencourt de Sá
    Doutora em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora titular da Pós-graduação em Ciências da Linguagem e do curso de Letras da Universidade do Sul de Santa Catarina

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Publicado

2012-12-12

Edição

Seção

Cinema