TRATAMENTOS INTEGRATIVOS E COMPLEMENTARES PARA PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
UMA REVISÃO
Palavras-chave:
Esclerose Lateral Amiotrófica, Práticas integrativas complementares, Medicina alternativa, Toxina botulínica, AcupunturaResumo
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é um distúrbio neurodegenerativo progressivo, com degradação dos corpos celulares dos neurônios motores, responsáveis pela condução dos impulsos elétricos do córtex motor até a musculatura esquelética. Embora tenha-se diversos tipos de tratamentos, a abordagem com Práticas Integrativas Complementares traz resultados adicionais para pacientes com ELA. Porém, esses ainda não foram descritos de forma conjunta. Nesse contexto, o objetivo deste artigo foi identificar e revisar na literatura os diferentes tipos de terapias em estudo ou associadas com Medicina Complementar para tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica. Trata-se de uma revisão sistemática integrativa dos trabalhos publicados entre 2010 e 2023 encontrados nas bases de dados de PubMed e Scielo, a partir dos descritores “Manejo ELA”; “Tratamento esclerose lateral amiotrófica”; “Medicina complementar e esclerose”; “Práticas integrativas e ELA”; “Quadro clínico esclerose lateral amiotrófica”. Após análise dos trabalhos encontrados, os resultados demostram a influência e eficácia do uso de diferentes abordagens terapêuticas, principalmente com a adição das Práticas Integrativas Complementares (PIC) no tratamento da ELA. Essa revisão mostra que há diferentes tipos de abordagens terapêuticas para ELA, embora poucos tenham sua eficácia comprovada em humanos. A combinação desses tratamentos com práticas integrativas, pode ser, atualmente, uma forma de tratamento complementar para pacientes com ELA, sendo relevante que os tratamentos convencionais prescritos sejam mantidos.
Referências
Allyn C. Howlett, Mary E. Abood. (2017). Chapter Five - CB1 and CB2 Receptor Pharmacology, Advances in Pharmacology, Academic Press, Volume 80, , Pages 169-206, ISSN 1054-3589, ISBN 9780128112328, https://doi.org/10.1016/bs.apha.2017.03.007
Bosse, T. S., Baptista, L. F., da Silva Junior, G. G. A., Linhares, R. C., de Paulo Portela, É. M. M., de Almeida Morais, I. M., & de Souza, L. K. M. (2020). Desafios associados à esclerose lateral amiotrófica: relato de caso clínico. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (43), e2750-e2750.
Brasil. PORTARIA Nº 1.151 (2015). Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Esclerose Lateral Amiotrófica, nº 1151, de 11 de novembro de 2015.
Cai, M., & Yang, E. J. (2019). Complementary and alternative medicine for treating amyotrophic lateral sclerosis: a narrative review. Integrative Medicine Research, 8(4), 234-239.
Cai, M., Choi, S. M., & Yang, E. J. (2015). The effects of bee venom acupuncture on the central nervous system and muscle in an animal hSOD1G93A mutant. Toxins, 7(3), 846-858.
Carneiro, D. R., & Morgadinho, A. S. (2019). Canabis Medicinal na Neurologia Clínica: Uma Nuvem de Incertezas.
Chung, J. Y., Kim, H. J., & Kim, M. (2015a). The protective effect of growth hormone on Cu/Zn superoxide dismutase-mutant motor neurons. BMC neuroscience, 16(1), 1-11.
Chung, J. Y., Sunwoo, J. S., Kim, M. W., & Kim, M. (2015b). The neuroprotective effects of human growth hormone as a potential treatment for amyotrophic lateral sclerosis. Neural Regeneration Research, 10(8), 1201.
Dodge, J. C., Treleaven, C. M., Fidler, J. A., Hester, M., Haidet, A., Handy, C., ... & Kaspar, B. K. (2010). AAV4-mediated expression of IGF-1 and VEGF within cellular components of the ventricular system improves survival outcome in familial ALS mice. Molecular therapy, 18(12), 2075-2084.
Dutta, K., Patel, P., Rahimian, R., Phaneuf, D., & Julien, J. P. (2017). Withania somnifera reverses transactive response DNA binding protein 43 proteinopathy in a mouse model of amyotrophic lateral sclerosis/frontotemporal lobar degeneration. Neurotherapeutics, 14, 447-462.
Lee, K. W., Jung, S. Y., Choi, S. M., & Yang, E. J. (2012). Effects of ginsenoside Re on LPS-induced inflammatory mediators in BV2 microglial cells. BMC complementary and alternative medicine, 12, 1-8.
Lee, S. H., Choi, S. M., & Yang, E. J. (2015). Bee venom acupuncture augments anti-inflammation in the peripheral organs of hSOD1G93A transgenic mice. Toxins, 7(8), 2835-2844.
Leite, L., & Constantini, A. C. (2017). Disartria e qualidade de vida em pacientes com esclerose lateral amiotrófica. Revista Cefac, 19, 664-673.
Luchesi, K. F., & Silveira, I. C. (2018). Cuidados paliativos, esclerose lateral amiotrófica e deglutição: estudo de caso. In CoDAS (Vol. 30). Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.
Nagel, G., Peter, R. S., Rosenbohm, A., Koenig, W., Dupuis, L., Rothenbacher, D., & Ludolph, A. C. (2020). Association of insulin-like growth factor 1 concentrations with risk for and prognosis of amyotrophic lateral sclerosis–results from the ALS registry Swabia. Scientific reports, 10(1), 736.
Oliveira Filho, A. F. D., Silva, G. A. D. M., & Almeida, D. M. X. (2016). Aplicação da toxina botulínica no tratamento da sialorreia em pacientes com esclerose lateral amiotrófica: revisão da literatura. einstein (São Paulo), 14, 431-434.
Orsini, M., Oda, A. L., Oliveira, A. B., Moreno, A. M., & Azizi, M. A. A. (2019). Esclerose Lateral Amiotrófica e Canabidiol. Revista Neurociências, 27, 1-3.
Prado, L. D. G. R., Bicalho, I. C. S., Vidigal-Lopes, M., Prado, V. D. G. R., Gomez, R. S., Souza, L. C. D., & Teixeira, A. L. (2017). Depressão e ansiedade em uma série de casos de esclerose lateral amiotrófica: frequência e associação com aspectos clínicos. einstein (São Paulo), 15, 58-60.
Rodríguez-Cueto C, García-Toscano L, Santos-García I, et al. (2021). Targeting the CB2 receptor and other endocannabinoid elements to delay disease progression in amyotrophic lateral sclerosis. Br J Pharmacol.; 178: 1373–1387. https://doi.org/10.1111/bph.15386
Silva NP, Martins LJ, Ferreira TB, Cavalcanti FA. (2014). Correlação entre independência funcional e qualidade de vida de pacientes com esclerose lateral amiotrófica. Cad Ter Ocup UFSCar.;22(3):507-13.
Silva L. P., Gusmão, C. A., Pithon, K. R., Gomes, T. B. P., & Junior, E. P. P. (2018). Esclerose lateral amiotrófica: descrição de aspectos clínicos e funcionais de uma série de casos numa região de saúde do nordeste do Brasil. Journal of Health & Biological Sciences, 6(3), 293-298.
Steyn, F. J., Lee, K., Fogarty, M. J., Veldhuis, J. D., McCombe, P. A., Bellingham, M. C., et al. (2013). Growth hormone secretion is correlated with neuromuscular innervation rather than motor neuron number in early-symptomatic male amyotrophic lateral sclerosis mice. Endocrinology,. 154(12):4695–4706. Disponível em: https://doi.org/10.1210/en.2013-1570
Wehbe, R., Frangieh, J., Rima, M., El Obeid, D., Sabatier, J. M., & Fajloun, Z. (2019). Bee venom: Overview of main compounds and bioactivities for therapeutic interests. Molecules, 24(16), 2997.
Yang, E. J., Jiang, J. H., Lee, S. M., Yang, S. C., Hwang, H. S., Lee, M. S., & Choi, S. M. (2010). Bee venom attenuates neuroinflammatory events and extends survival in amyotrophic lateral sclerosis models. Journal of neuroinflammation, 7(1), 1-12.
