Evolução das Metodologias Diagnósticas de HIV/AIDS:
Uma Análise Histórica da Epidemia no Brasil
Palavras-chave:
HIV, Epidemiologia, SorodiagnósticoResumo
No marco histórico de 40 anos do isolamento em laboratório do HIV, é importante avaliar a evolução tanto das metodologias diagnósticas quanto das políticas públicas aplicadas ao assunto em nosso país. Através desta revisão sistemática foi possível remontar a breve história epidemiológica brasileira frente ao vírus. Desde as primeiras notificações no início dos anos 1980, o combate à epidemia começou com a criação da Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS (CN DST/AIDS). Os primeiros testes introduzidos no país e usados para o diagnóstico da infecção foi o ELISA, possibilitando determinar a prevalência em diferentes grupos populacionais. Na década de 1990, surgiram os Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que oferecem testes gratuitos e confidenciais para a população. Também neste momento começa a incluir-se a realização de testes complementares para o diagnóstico, como o Western Blot. Com o avanço nas pesquisas, nos anos 2000 as novas gerações de ELISA já eram capazes de detectar diferentes anticorpos e antígenos específicos, ampliando a sensibilidade e reduzindo a janela de soroconversão, assim como os testes rápidos surgem como alternativa de diagnóstico rápido, seguro e sem necessidade de equipamentos complexos, sendo uma ferramenta de grande impacto no diagnóstico do HIV, especialmente nas regiões de difícil acesso do nosso território. Ao longo dos anos, o Brasil adotou diferentes metodologias de diagnóstico e políticas públicas vinculadas ao HIV, passando por avanços biotecnológicos e a incorporação de testes mais sensíveis e específicos, o que contribuiu para o combate à epidemia e garantiu o acesso digno ao diagnóstico e tratamento da população.
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