O ciborgue é constantemente utilizado para representar as complexas e constantes transformações identitárias que constituem a humanidade pósmoderna. Esperamos refletir acerca da problemática proposta por Octavia Butler acerca do corpo ciborgue relacionando-o à subjetividade identitária humana a fim de suscitar o debate acerca da nossa própria realidade enquanto sujeitos metamórficos, pós-modernos. É nessa perspectiva que trabalharemos com a obra Dawn (1987), de Octavia E. Butler, objetivando analisar a transformação do corpo humano para um corpo ciborgue entendendo esse processo como metáfora para o romper de fronteiras principalmente identitárias e o seu rejeitar como metáfora para a visão essencialista acerca da diferença. Para isso, utilizaremos Tomaz Tadeu (2009), Chris Gray, Steven Mentor e Heidi Figueroa-Sarriera (1995) e Donna Haraway (2009), para discutir a teoria do ciborgue e Gloria Anzaldúa (1987), Ernesto Laclau (1990), Edward Said (1995), e Stuart Hall (2006; 2011) para discutir a questões sobre identidade e diferença.