O presente artigo busca analisar as políticas de silenciamento e de censura do corpo feminino indígena na rede social Facebook. O corpus é constituído por recortes de imagens retiradas da página da Fundação Nacional do índio (FUNAI), ao mostrar mulheres indígenas Waimiri Atroari na sua forma culturalmente naturalizada, ou seja, com seus seios à mostra. A materialidade discursiva analisada refere-se a postagens do dia internacional da mulher indígena, em setembro de 2018. Como escopo teórico, buscou-se auxílio, especialmente, nos conceitos de interdição e exclusão de Foucault (1988;1998). Para tratar da política do silêncio e da censura, apoiamo-nos em Orlandi (1999,2007). Os resultados deste estudo indicam o controle de circulação da imagem do corpo feminino em contextos de representação da cultura indígena. Desse modo, o cerceamento da apresentação do mamilo indígena, no facebook, interdita e exclui manifestações culturais da mulher indígena além da historicidade que ela carrega consigo.