Telejornalismo e ditadura militar: a ressignificação do passado pela maior rede de tv do Brasil

Autores

  • Christina Ferraz Musse Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Humberto Viana Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.19177/memorare.v5e32018292-306

Palavras-chave:

Telejornalismo, Ditadura, Memória

Resumo

No ambiente competitivo da imprensa contemporânea frente à ascensão das redes sociais como meios através dos quais, cada vez mais, o público se informa, veículos de comunicação tradicionais, como a TV aberta, têm elaborado estratégias para manter ou recuperar sua reputação junto à audiência, por meio da defesa da qualidade do conteúdo jornalístico veiculado. No caso específico da Rede Globo de Televisão, a maior do Brasil, tornou-se indispensável recuperar a confiabilidade do público, por meio de narrativas de rememoração, que deslocam o perfil da emissora de aliada da ditadura militar brasileira (1964/1985) para vítima, ou antagonista. Para demonstrar os artifícios narrativos usados para tal fim, analisaremos o programa “Especial Globo 50 Anos”, a série de cinco episódios do “Projeto William Bonner no JN”, e a supersérie “Os dias eram assim”, baseados nos estudos de memória e na metodologia de análise crítica da narrativa.

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Publicado

18-12-2018