Da transversão política do jurídico ao flagelo do estado democrático de direito: a incontinente deseficacização dos valores constitucionais, no apogeu dos 70 anos da declaração universal dos direitos humanos

Autores

  • José Eduardo de Miranda
  • Andréa Corrêa Lima

DOI:

https://doi.org/10.19177/ufd.v9e17201885-98

Palavras-chave:

Valores Constitucionais. Politização do Jurídico. Direitos Humanos.

Resumo

O alargamento da atuação política do judiciário provoca a desefcacização dos valores constitucionais, afetando a estabilidade democrática no apogeu dos setenta anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O ideário construído a partir da Constituição Federal de 1988, em busca da consolidação de um Estado Democrático de Direito, desvela o sentimento do período pós-ditatorial em restabelecer uma sociedade livre, justa, igualitária e fraterna, aos moldes preconizados pela DUDH de 1948. O poder soberano do Estado, alicerçado na atuação independente e harmônica dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, aliado ao restabelecimento de um regime de Direito, demonstra a intenção do constituinte conformar um novo cenário democrático. A preferência pelos desígnios de determinados grupos, em detrimento dos interesses de todos, desvirtua o poder estatal, desajustado em suas funções executivas, legislativas e judiciárias. O judiciário, alma mater na garantia dos direitos fundamentais, como ente integrante do poder político uno do Estado, desnatura-se ante sua preocupação puramente política. Para referendar a análise, utilizou-se da fenomenologia-hermenêutica heideggeriana, assentada na pesquisa bibliográfca e documental.

Biografia do Autor

  • José Eduardo de Miranda
    Pós Doutor em Direito; Doutor em Direito cum laude academica; Professor Pesquisador da Cátedra UNESCO de Formação Humana para América Latina,da Associação Internacional de Direito Cooperativo e do Instituto de Estúdios Cooperativos, da Universidade de Deusto, em Bilbao, na Espanha; Professor Pesquisador da Cátedra Euro Americana de Proteção Jurídica dos Consumidores, adstrita à Faculdade de Direto da Universidade de Cantábria, em Santander, na Espanha; Professor em Cursos de Pós-graduação; Advogado parecerista, fundador de Miranda & Corrêa Lima
  • Andréa Corrêa Lima
    Doutoranda em Direito; Mestra em Direito; Especialista em Direito Internacional; Professora em Cursos de Pós Graduação; Advogado,fundadora de Miranda & Corrêa Lima

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Publicado

2018-08-20

Edição

Seção

De Direito: Direitos humanos: De fato e De direito uma jornada de 70 anos