O DIREITO DOS PORTADORES DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA À TERAPIA MULTIDISCIPLINAR PELO MÉTODO ABA (ANÁLISE COMPORTAMENTAL APLICADA)

Autores

  • REGINA VERA VILLAS BÔAS PUC/SP
  • JAQUELINE VALERI SOARES Universidade Municipal de São Caetano do Sul
  • GABRIELLE VALERI SOARES PUC/SP

Palavras-chave:

Direito à saúde, Terapia multidisciplinar, Transtorno do espectro autista, Método ABA, ESFM.

Resumo

Objetivo: o presente estudo tenciona analisar se a terapia multidisciplinar pelo método ABA (Análise Comportamental Aplicada) é ou não abrangida pelo rol taxativo da Agência Nacional de Saúde Suplementar, bem como a necessidade de se possuir um relatório médico exarado por especialista competente para que o tratamento referido possa ser judicialmente exigido dos planos de saúde. Outrossim, busca apreciar, a partir de recurso à Constituição da República Federativa do Brasil, ao Estatuto da Pessoa com Deficiência e à Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, o direito à terapia multidisciplinar pelo método ABA dos beneficiários de planos de saúde cujo contrato confira cobertura ao transtorno em testilha.

Metodologia: a metodologia de pesquisa utilizada envolve procedimento histórico, observacional e documental; objetivo explicativo e abordagem qualitativa, de natureza básica.

Resultados: os resultados cotejados apontam que os direitos das pessoas com deficiência foram reconhecidos por diversos diplomas legais. A presente pesquisa pontuou as principais contribuições e disposições da Constituição da República Federativa do Brasil, do Estatuto da Pessoa com Deficiência e da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Entretanto, entreviu-se, também, que existe uma diferença entre o reconhecimento de direitos e a efetividade desses mesmos direitos. A negativa de cobertura da terapia multidisciplinar pelo método ABA, por parte dos planos de saúde, constitui uma verdadeira afronta aos direitos dos portadores de transtorno do espectro autista.

Contribuições: as contribuições ofertadas pela presente pesquisa incluem a construção de uma interpretação jurídica atualizada e consentânea com os conflitos sociais apresentados, de forma que seja viabilizada a efetividade dos direitos dos portadores do transtorno do espectro autista. 

Biografia do Autor

  • REGINA VERA VILLAS BÔAS, PUC/SP

    Bi-Doutora em Direito Rel. Sociais (Direito Privado) e em Direitos Difusos e Mestre em Direito Rel. Sociais, todos pela PUC/SP. Pós-Doutora em Democracia e D. Humanos pela Univers. Coimbra/Ius Gentium Conimbrigae. E-mail [email protected] - https://orcid.org/0000-0002-3310-4274

  • JAQUELINE VALERI SOARES, Universidade Municipal de São Caetano do Sul

    Graduanda em Direito pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul e estagiária na área do Direito Médico e da Saúde. E-mail: [email protected]

  • GABRIELLE VALERI SOARES, PUC/SP

    Mestre em Filosofia do Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP). E-mail: [email protected]

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Publicado

2023-11-21