Práticas antirracistas na formação docente: rupturas epistemológicas e produção de subjetividades em discursos acadêmicos discentes.

Autores

Palavras-chave:

Rupturas epistemológicas, Produção de subjetividade, Formação de professores, Educação antirracista, Linguística Aplicada.

Resumo

Considerando a relevância social da produção de conhecimentos em pesquisa e formação docente para uma sociedade antirracista, propõe-se, neste artigo, uma análise discursiva de textos acadêmicos produzidos por discentes de curso de Pós-Graduação lato sensu em Relações Étnico-Raciais e Educação, no intuito de observar modos de produção de subjetividade que indexicalizam rupturas epistemológicas nos enunciados por meio do uso de marcas linguísticas de pessoa. Para tal, problematiza-se a construção da demanda da pesquisa em Linguística Aplicada e, a partir da Análise do Discurso de base enunciativa e dos estudos das relações étnico-raciais, são analisados enunciados de introduções de monografias. A análise aponta para processos de produção de subjetividades nos quais o sujeito pesquisador estabelece uma relação de implicação com a construção de sua pesquisa, mediada por sua leitura de mundo, experiências, relações sociais e profissionais, contribuindo para a construção de novas epistemologias que podem refletir micropoliticamente sobre a descolonização do espaço acadêmico.

Biografia do Autor

  • Fabio Sampaio de Almeida, Cefet/RJ

    Doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Letras, na área de concentração em Linguística, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e bacharel e licenciado em Letras Português/ Espanhol e respectivas literaturas pela mesma instituição. Atualmente é professor de língua portuguesa e espanhola do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ) campus Petrópolis e Docente pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-raciais (PPRER) e do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Filosofia e Ensino (PPFEN) da mesma instituição. Tem experiência na área de Linguística Aplicada, com ênfase em estudos do discurso, atuando principalmente nos seguintes temas: discurso, corporalidade e construção de identidades, relações étnico-raciais, linguagem e trabalho docente, gêneros do discurso e ensino, discursos midiáticos e produção de subjetividade. 

  • Alice Moraes Rego de Souza, Cefet/RJ

    Doutora em Estudos de Linguagem pela Universidade Federal Fluminense (UFF) (2019). Mestre em Linguística pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) (2013). Licenciada em Letras (habilitação Português - Espanhol) pela UERJ (2010).Professora de língua espanhola e portuguesa no CEFET-RJ Petrópolis. Atuou como professora de língua espanhola das redes municipais de educação de Niterói e do Rio de Janeiro. Também atuou como docente no Curso de Espanhol / LE oferecido pela Sub-Reitoria de Pós-Graduação da UERJ aos professores dessa universidade. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Espanhol, atuando principalmente nas áreas de análise do discurso, formação de professor, linguística aplicada e ensino de língua estrangeira.

     
  • Maria Cristina Giorgi, Cefet/RJ
    Concluiu o DOUTORADO em Estudos da linguagem (Letras) pela Universidade Federal Fluminense em 2012 e MESTRADO em Linguística (Letras) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2005. É graduada em Letras (Habilitação Português Espanhol) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente é professora titular do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, onde atua como professora do Ensino Médio e Técnico e dos programas stricto sensu em Relações Etnicorraciais e lato sensu em Ensino de Filosofia com Ênfase na Prática Docente.

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Publicado

2022-11-09