O IMAGINÁRIO SOBRE O OUTRO NOS ATOS INSTITUCIONAIS DO ESTADO MILITAR BRASILEIRO
Autores
Ana Paula Santos de Oliveira
Palavras-chave:
Formação imaginária, Outro negativo, Regime militar
Resumo
Este texto busca compreender o funcionamento de uma discursividade que circulou no Brasil às vésperas do golpe de 1964, prosseguindo ao longo do regime militar. Trata-se do discurso sobre o outro representado como comunista. No caso em estudo, nosso objetivo se volta para os primeiros anos do regime, quando foram publicados seus 17 Atos Institucionais, dos quais foram retiradas as dez materialidades discursivas que constitui seu corpus de análise. Ancorado na Análise de Discurso pecheutiana, o nosso gesto de interpretação se deu a partir de categorias como Formação Imaginária, Memória Discursiva e Formação Discursiva, através de Pêcheux (1990, 2019), Orlandi (2012, 2016), Courtine (2019) e Piovezani (2009), entre outros. Como conclusão, observamos que a imagem do outro reproduzida pelo discurso militar é constitutiva de uma rede de sentidos que é alimentada desde o começo do século XX, sendo ressignificada a cada Ato Institucional à medida que aumentava a repressão estatal.
Biografia do Autor
Ana Paula Santos de Oliveira
Graduada em Jornalismo, Letras/Língua Espanhola e Letras/Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Mestrado e Doutorado em Línguística (Análise do Discurso) pela UFAL, com doutorado sanduíche na Universidade de Buenos Aires. Nomeada para o cargo de professora de Língua Postuguesa no último concurso público do Instituto Federal de Roraima (IFRR), com posse prevista para o dia 28 de janeiro do corrente.