Sinais e sintomas de disfunção temporomandibular em adolescentes e sua associação com o nível socioeconômico familiar e outras variáveis

Authors

  • Aline Fernanda Baradel
  • Larissa Canzanese Baldini
  • Gabriela Navarro
  • Natalia Navarro
  • Karina Eiras Dela Coleta Pizzol
  • Ana Lúcia Franco-Micheloni

DOI:

https://doi.org/10.19177/jrd.v6e3201860-68

Keywords:

Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular. Adolescente. Dor facial. Fatores socioeconômicos. Classe social.

Abstract

Justificativa e Objetivos: A adolescência é caracterizada por intensas mudanças físicas, emocionais e sociais, o que pode propiciar a presença de fatores etiológicos e perpetuantes importantes da disfunção temporomandibular (DTM). Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a presença de DTM na adolescência e sua associação com aspectos socioeconômicos e outras variáveis.

Métodos: Compuseram a amostra 200 adolescentes de 10 a 19 anos provenientes das clínicas do Curso de Odontologia da Universidade de Araraquara – UNIARA e de escolas públicas e particulares do município. O Critério de Classificação Econômica Brasil (ABEP) foi utilizado para a identificação da classe social do adolescente. Para diagnóstico da DTM e da intensidade da dor à palpação usou-se o Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD). O número de problemas psicoemocionais, as áreas de dor extrafacial e o número de hábitos parafuncionais foram verificados por um questionário estruturado de autorrelato.

Resultados: Houve associação positiva entre as classes D/E e a presença de DTM dolorosa (p= 0,007, OR=24,8; 95%IC=2,28-269,79), principalmente com disfunções musculares (p=0,003, OR=32,0; 95%IC=2,83-362,01). Os fatores que se expressaram significativamente maiores na presença de DTM dolorosa foram: intensidade de dor à palpação (p=0,000), quantidade de áreas de dor extrafacial (p=0,025) e número de hábitos parafuncionais (p=0,000). A Classe D/E relatou mais áreas de dor que as demais (p=0,049).

Conclusão: O nível socioeconômico se associou significativamente à presença de DTM dolorosa, especialmente de origem muscular. O único fator que se expressou significativamente maior nas classes sociais mais baixas foi o número de áreas dolorosas extrafaciais.

Published

2018-07-18

Issue

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Articles