A VISÃO BASEADA EM RECURSOS EM INCUBADORAS E ACELERADORAS: UM ESTUDO COMPARATIVO

Autores

  • Clarissa Dourado Freire Universidade Federal de São Carlos
  • Ana Lúcia Vitale Torkomian Universidade Federal de São Carlos
  • Mário Sacomano Neto Universidade Federal de São Carlos
  • Lucas Rodrigues Deliberador Universidade Federal de São Carlos
  • Luiz Guilherme Rodrigues Antunes Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.59306/reen.v15e12022133-157

Palavras-chave:

incubadoras, aceleradoras, Visão Baseada em Recursos, empresas de base tecnológica

Resumo

As startups de tecnologia impactam positivamente o desenvolvimento socioeconômico de uma região, porém, carecem de recursos, buscando organizações de apoio, como incubadoras e aceleradoras. Este trabalho teve como objetivo identificar as diferenças e semelhanças entre programas de incubação e aceleração, baseando-se nos recursos oferecidos, utilizando como perspectiva teórica a Visão Baseada em Recursos. Para isso, adotou-se a abordagem qualitativa, com a realização de um  estudo de caso, com a aplicação de entrevista semiestruturada com uma incubadora e uma aceleradora. Foram indentificadas cinco categorias de recursos: físicos, financeiros, tecnológicos, organizacionais e humanos. Os resultados apontaram que os programas de incubação e aceleração possuem características distintas, não sendo excludentes, mas sim complementares.

Biografia do Autor

  • Clarissa Dourado Freire, Universidade Federal de São Carlos

    Doutoranda em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos

    Departamento de Engenharia de Produção – Universidade Federal de São Carlos

  • Ana Lúcia Vitale Torkomian, Universidade Federal de São Carlos

    Doutorado em Administração pela Universidade de São Paulo

    Professora no Departamento de Engenharia de Produção na Universidade Federal de São Carlos

  • Mário Sacomano Neto, Universidade Federal de São Carlos

    Doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos

    Professor no Departamento de Engenharia de Produção na Universidade Federal de São Carlos

  • Lucas Rodrigues Deliberador, Universidade Federal de São Carlos

    Doutorando em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos

    Departamento de Engenharia de Produção – Universidade Federal de São Carlos

  • Luiz Guilherme Rodrigues Antunes, Universidade de São Paulo

    Doutorando em Administração pela Universidade de São Paulo

    Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária - FEA - Universidade de São Paulo

Referências

AABOEN, L. Explaining incubators using firm analogy. Technovation, v. 29, n.11, p. 657-670, 2009.

ABREU, F. C.; SOUZA, Y. S.; GONÇALO, C. R. Aprendizagem e Criação do Conhecimento em Incubadoras. EnAPAD, 2006. Disponível em: <http://projeto.unisinos.br/gp_gestaoconhecimento/sites/default/files/publicacoes/2006/enanpad2006-gctc-2890.pdf >. Acesso em jan. 2019.

ALON, I.;GODINHO, M. M. Business incubators in a developing economy: Evidence from Brazil's northeast region, Science and Public Policy, v. 44 No. 1, pp. 13-25, 2016.

ANPROTEC. Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores. 2019. <http://www.anprotec.org.br/publicacao.php?idpublicacao=117> . Aceso em: 23 jun. 2019.

ARRUDA, C.; V. NOGUEIRA; A. COZZI; COSTA, V. Causas da mortalidade de startups brasileiras: o que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado. Rio de Janeiro: Núcleo de Inovação e Empreendedorismo, Fundação Dom Cabral, 2012.

BALA SUBRAHMANYA, M. H. How did Bangalore emerge as a global hub of tech start-ups in India? Entrepreneurial ecosystem—evolution, structure and role. Journal of Developmental Entrepreneurship, v.. 22, n.1, 17500066, 2017.

BARNEY, J. B. Firm Resources and Sustained Competitive Advantage. Journal Management, v. 17.n.1, p. 99-120, 1991.

BARNEY, J. B.; WRIGHT, M.; KETCHEN, D.J. The resource-based view of the firm: Ten years after 1991. Journal of Management, v. 27, 2001.

BARNEY,J.B.;HESTERLY,W. Economia das organizações: entendendo a relação entre as organizações e a análise econômica. In: CLEEG,S; HARDY,C; NORD, W. Handbook de Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas, 2004 , p.131-179.

BERGEK, A.; NORRMAN, C. Incubator best pratice: A framework. Technovation, v. 28, n.1-2, p. 20-28, 2008.

BRUNEEL,J.;RATINHO,T.; CLARYSSE, B.; GROEN, A. J, The evolution of business incubators: comparing demand and supply of business incubation services across different incubator generations. Technovation, v.32, n.2, p.110-121, 2012.

BRUNEEL et al. (2012) e European Comission Entreprise Directorare General apud Maruyama e Salerno (2016).

BURVILL, S.M., JONES-EVANS, D.; ROWLANDS, H. Reconceptualising the principles of Penrose’s (1959) theory and the resource based view of the firm: The generation of a new conceptual framework. Journal of Small Business and Enterprise Development, v. 25, n. 6, p. 930-959, 2018.

BØLLINGTOFT, A. The bottom-up business incubator: leverage to networking and cooperation practices in a self-generated, entrepreneurial-enabled environment. Technovation, v. 32, n.11, p. 304-315, 2015.

CLARYSSE, B. et. al. Spinning out new ventures: a typology of incubation strategies from European research institutions. Journal of Business Venturing, v. 20, n.2, p. 183-216, 2005.

COHEN, S. L. What Do Accelerators Do? Insights from Incubators and Angels. Innovations: Technology, Governance, Globalization, v.8, n.3-4, p.19–25, 2013.

COLLIS, D. J. Research Note: How Valuable are Organizational Capabilities? Strategic Management Journal, v.15, 143–152.1994.

COLLIS, J.; HUSSEY, R. Pesquisa em Administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

ETZKOWITZ, H. Incubation of incubators: innovation as a triple helix of university–industry–government networks. Science and Public Policy, v.29, n.2, p. 115-128. 2002.

FAHY, J. The resource‐based view of the firm: some stumbling‐blocks on the road to understanding sustainable competitive advantage. Journal of European Industrial Training, v.24, n. 4, p. 94-104, 2000.

FARIA, A. M.; OLIVEIRA JUNIOR; M. M.; BORINI, F. M. Pubic funding for innovation: The importance of individual resources of the entrepreneur and the relational resources of the firm. Technology in Society, v. 59,101159, 2019.FERNÁNDEZ, S. P.; CONTRERAS, P. J. El papel de las aceleradoras en el apoyo a empresas de base tecnológica. I Congresso Iberoamericano de Ciencia, Tecnologia, Sociedade e Innovation CTS+I. 2010. = <http://www.concyteg.gob.mx/formulario/MT/MT2010/MT11/SESION2/MT112_PJIMENEZC_163.pdf >. Acesso em jun. 2020.

FISHBACK, B., et al. Finding business idols: A new model to accelerate startups. Kauffman Foundation. 2007. Disponível em :<http://www.kaffman.org/uploadedFiles/Finding Business Idols.pdf> . Acesso em 01 de fev. 2020.

GALLON, A. V.; ENSSLIN, S. R.; SILVEIRA, A. Rede de relacionamentos em pequenas empresas de base tecnológica (EBTS) Incubadas: Um estudo da sua importância para o desempenho organizacional da percepção dos empreendedores. Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação, São Paulo, v.6, n.3, p. 551-572 .2009.

GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

GRIMALDI, R.; GRANDI, A. Business incubators and new venture creation: an assessment of incubation models. Technovation, v.25, n.1, p.114-135, 2005.

GSTRAUNTHALER, T. The business of business incubators: an institutional analysis – evidence from Lithuania. Baltic Journal of Management, v. 5, n. 3, p. 397-421, 2010.

HASANI, T.; O'REILLY, N. Analyzing antecedents affecting the organizational performance of start-up businesses, Journal of Entrepreneurship in Emerging Economies. https://doi.org/10.1108/JEEE-08-2019-0116, 2020.

HELFAT, C; PETERAF, M. The dynamic resource-based view: capability lifecycles. Strategic Management Journal, v. 24, n.10, p.997-1010, 2003.

HILLEMANE, M.; SATYANARAYANA, B.S.; CHANDRASHEKAR, D. Technology business incubation for start-up generation: A literature review toward a conceptual framework. International Journal of Entrepreneurial Behavior & Research, v. 25, n 7, p. 1471-1493, 2019.

HOFFMAN, D. L.; KELLEY, N. R. Analysis of accelerator companies: an exploratory case study of their programs, processes, and early results. Small Business Institute Journal, v.8, n. 2, p. 54-70, 2012.

KIM, J.H.; WAGAMAN, L. Portfolio size and information disclosure: An analysis of startup accelerators. Journal of Corporate Finance, v. 29, p.520-534, 2014.

KRITIKOS, A. Entrepreneurs and their impact on jobs and economic growth. IZA World of Labor, 2014. Disponível em: < https://wol.iza.org/articles/entrepreneurs-and-their-impact-on-jobs-and-economic-growth/long.>. Acesso em mai. 2020.

LAI, W.; LIN, C. Constructing business incubation service capabilities for tenants at post-entrepreneurial phase. Technological forecasting & Social Change, v.68, n. 11, p. 2285-2289, 2015.

LOCKETT, A.; WILD, A. Bringing history (back) into the resource-based view, Business History, v. 56. n. 3, p. 372-390, 2013.

LUDKE, M.; ANDRÉ, M. Pesquisa e educação: abordagens qualitativas, São Paulo: EPU, 1986.

MALEK, K; MAINE, E.; McMARTHY, I. P. A typology of clean technology commercialization accelerators. Journal of Corporate Finance, v.26, p. 520-534, 2014.

MAMUN, A.A., NAWI, N.B.C., PERMARUPAN, P.Y. AND MUNIADY, R. Sources of competitive advantage for Malaysian micro-enterprises. Journal of Entrepreneurship in Emerging Economies, v. 10, n. 2, p 191-216, 2018.

MARUYAMA, F. M.; SALERNO, M. S . De Incubadoras e aceleradoras: modelo de negócios orientando novas propostas de valores. Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais, v. 16, p. 128, 2016.

McAdAM, M.; McADAM, R. High tech start-ups in university science park incubators: the relationship between the start-up’s lifecycle progression and use of the incubator’s resources. Technovation, v. 28, n. 11, p.277-290, 2008.

MILLER, P., BOUND, K. The Startup Factories: The rise of accelerator Programmes to support new technology ventures. 2011. London: NESTA (SF/72).

MIRANDA, M. G.; BORGES, R. Technology-based business incubators: An exploratory analysis of intra-organizational social networks. Innovation & Management Review, v.16, n. 1, pp.36-54, 2019.

NBIA .National Business Incubator Association. What is a business incubator? Disponível em: <http://www.nbia.org/resource_library/what_is/index.php>. Acesso em jan 2020.

OJAGHI, H., MOHAMMADI, M. AND YAZDANI, H.R. A synthesized framework for the formation of startups’ innovation ecosystem: A systematic literature review. Journal of Science and Technology Policy Management, v. 10, n. 5, p. 1063-1097, 2019.

PAUWELS, C. et al. Understanding a new generation incubation model: The accelerator. Technovation, v. 50, p. 13-24, 2016.

PENROSE, E.T. The Theory of the Growth of the Firm. Oxford: Oxford University Press, 1959.

PETERS, L.; RICE, M.; SUNDARARAJAN, M. The role of incubators in the entrepreneurial process. Journal of Technology Transfer, v. 29, n. 1, p. 83-91, 2004.

PRIEM, R. L.; BUTLER, J. E. Is the resource-based “view” a useful perspective for strategic management research? Academy of Management Review, v. 26, n.1, p.22-40, jan. 2001.

RIBEIRO,S.A.; ANDRADE,R.M.G.; ZAMBALDE, A.D. Incubadoras de empresas, inovação tecnológica e ação governamental: o caso de Santa Rita do Sapucaí (MG). Cad. EBAPE. 2005, v..3, n.spe, p. 01-14, 2005

ROCHA, D.; DEUSDARÁ, B. Análise de Conteúdo e Análise do Discurso: aproximações e afastamento na (re) construção de uma trajetória. Alea, v.7, n.2, p. 305-322, 2005.

ROUNDY, P.T. AND BAYER, M.A. To bridge or buffer? A resource dependence theory of nascent entrepreneurial ecosystems. Journal of Entrepreneurship in Emerging Economies, v. 11, n. 4, p. 550-575, 2019.

SHIH, T. AND AABOEN, L. The network mediation of an incubator: how does it enable or constrain the development of incubator firms’ business network? Industrial Marketing Management, v. 80, p. 126-138, 2017.

SOMSUK, N.; LAOSIRIHONGTHONG, T. A fuzzy ahp to prioritize enabling factors for strategic management of university business incubators: resource-based view. Technological forecasting & social change, v. 85, n.11, p. 198-210, jan. 2015.

STAKE, R. The art of case study research. Thousand Oaks, California: Sage. 1995.

STOROPOLI; J.E.; BINDER, M. P.; MACCARI, E. A. Incubadoras de empresas e o desenvolvimento de capacidades em empresas incubadas. Revista de Ciências da Administração, p. 36-51, abr.,2012.

TOBERGA, P. M. F.;OLIVA, F. L.;KOTABE, M. TEBERGA. Risk analysis in introduction of new technologies by start-ups in the Brazilian Market. Management Decision, v. 56, n.1, p.64-86, 2017.TODOROV, Z. W.; MOENTER, K. Tenant Firm Progression within an Incubator: Progression Toward an Optimal Point of Resource Utilization. Academy of Entrepreneurship Journal, v.16, n.1, p.23-40, 2010.

TRIMI,S. ; BERBEGAL-MIRABENT, J. Business model innovation in entrepreneurship. International Entrepreneurship and Management Journal, v. 8, n. 4, p. 449-465, 2012.

VERGARA, S. C. Métodos de pesquisa em administração.4. ed. São Paulo: Atlas, 2010, 96 p.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2001, 212 p.

ZHANG, H.; SONOBE, T. Development of science and technology parks in china, 1988-2008. Economics: The Open-Access, Open-Assessment E-Journal. 2011. Disponível em: < http://www.economics-ejournal.org/economics/journalarticles/2011-6>. Acesso em out. 2020.

ZOUAIN, D. M.; TORRES, L. A. A suposta modernização das relações de trabalho nas incubadoras de empreendimento. EBAPE, v. 3, n. spe, p. 01-07, 2005.

ZSUZSANNA, S.K.; HERMAN, E. Innovative Entrepreneurship for Economic Development in EU. Procedia Economics and Finance, v. 3, p. 268-275, 2012.

Downloads

Publicado

2023-03-10

Edição

Seção

Artigos Científicos