Memória e documento: o diário de Gonzaga Duque

Autores

  • Alexandra Filomena Espindola

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v7e1201283-95

Palavras-chave:

Gonzaga Duque, Memória, Documento, Biografia, Diário

Resumo

Este ensaio procura discutir como a biografia de Gonzaga Duque, disponível no site oficial da Fundação Casa de Rui Barbosa, estrutura-se e, assim, assemelha-se à lógica estrutural da narrativa da História Tradicional. Dessa maneira, a biografia encontra um lugar de legitimidade como um discurso de “verdade”. Para atender ao objetivo deste texto, procuramos compreender como procedem os gêneros história e biografia e a relação que mantêm com “realidade” e ficção. Teóricos como Jacques Rancière, Juan José Saer e Nietzsche nos ajudam a pensar a relação entre “verdade” e aparência, ficção e não-ficção. Rancière entende que, para ser pensado, o real precisa ser ficcionado; já Saer destaca um caráter duplo da ficção: o empírico e o imaginário; e Nietzsche desfaz as fronteiras entre a “realidade” e a “aparência”. Assim, podemos elaborar uma noção de biografia e história livre do velho ranço do discurso da “verdade” e pensarmos os objetos de arte sem a preocupação com a oposição ficcional e não-ficcional.

Biografia do Autor

  • Alexandra Filomena Espindola
    Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), linha de pesquisa Linguagem e Cultura. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC).

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Publicado

2012-08-01

Edição

Seção

Ensaios