Fronteiras e feridas na escrita de Carolina Maria de Jesus

Autores

  • Mariana Patrício Fernandes Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v15e1202097-106

Palavras-chave:

Carolina Maria de Jesus, autonomia, literatura, espaço literário

Resumo

O presente artigo pretende pensar como a obra da escritora Carolina Maria de Jesus pressiona a abertura de uma possibilidade de afirmação da noção de autonomia literária, na qual, paradoxalmente, vida e obra estão irremediavelmente associadas em sua dimensão estética e política em relação com a história e a cultura. A noção de autonomia que aqui se vislumbra resiste, portanto, constantemente ao risco de isolamento, alienação e solidão, atravessamentos que significariam o ponto final da escrita. Para tal, toma como ponto de partida os modos de produção de aberturas de espaço nos diários Quarto de despejo (1960), Casa de Alvenaria (1961) e Onde estaes felicidade (2014) que projetam uma cena literária que permite a (co)existência de elementos postos de fora do espaço da representação.

Biografia do Autor

  • Mariana Patrício Fernandes, Universidade Federal do Rio de Janeiro
    Mariana Patrício Fernandes é Professora da UFRJ, no departamento de Ciência da Literatura, doutora em Letras (PUC-Rio_ e graduada em História (PUC-Rio)

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Publicado

2020-06-30

Edição

Seção

Dossiê: Cenografias da voz, ontografias do sentido: corpo e enunciação, historicidade e ontologia