A escrita da voz nos versos do manuscrito Notas sobre uma possível A casa de farinha, de João Cabral de Melo Neto
DOI:
https://doi.org/10.19177/rcc.v15e12020135-152Palavras-chave:
Voz, Oralidade, Teatro, Casa de farinha, João Cabral de Melo NetoResumo
Notas sobre uma possível A casa de farinha (2013), de João Cabral de Melo Neto, é uma obra inacabada e representa o percurso de uma gênese textual; um planejamento poético escrito no período de 1966 a 1985. Na escrita dos versos, João Cabral atribui ao auto o estatuto da oralidade para representar a voz e o conflito sociocultural dos trabalhadores sobre os possíveis motivos do fechamento da casa de farinha. Na análise dos rascunhos dos versos, pensamos a oralidade baseada no primado do ritmo como organização do discurso e como elemento da voz e da escrita (MESCHONNIC, 1989). A voz dos trabalhadores da casa de farinha é intermediada pela subjetividade, pela ética e pelas leituras que João Cabral realizou para a escrita d’A casa de farinha, ou seja, a voz é dos trabalhadores (cantos de farinha, tradição artesanal), mas o ritmo é cabralino (rima toante, repetição, jogos de palavras).Downloads
Publicado
2020-06-30
Edição
Seção
Dossiê: Cenografias da voz, ontografias do sentido: corpo e enunciação, historicidade e ontologia
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