Entre mapas movediços e águas míticas, alguns jogos de espelho em O outro pé da sereia, de Mia Couto

Autores

  • Jorge Vicente Valentim

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v6e22011367-392

Palavras-chave:

Pós-colonialismo, Multiculturalismo, Moçambique, Mia Couto

Resumo

Leitura do romance O outro pé da sereia (2006), de Mia Couto, privilegiando o efeito de jogos de espelhos, a partir da articulação do contexto pós-moderno e da condição pós-colonial. Sublinha-se o romance miacoutiano como um tecido polifônico, composto pelo mapeamento de um tempo passado e histórico que cede lugar a um tempo mítico de origem e nascimento da representação ritual do espírito das águas, e o tempo presente, de fronteiras relativizadas, que se deixa alagar pelas linhas movediças dos encantos ancestrais. Numa leitura dos mitos e ritos das origens africanas, o romance vai revelando os meandros de sua própria construção textual, trazendo à tona a pluralidade das representações de kianda e suas conseqüências no imaginário coletivo africano.

Biografia do Autor

  • Jorge Vicente Valentim
    Professor Adjunto de Literaturas de Língua Portuguesa, Subáreas: Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Coordenador do GELPA, Grupo de Estudos Literários Portugueses e Africanos. Professor do PPGELIT, Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura do Departamento de Letras da UFSCar, Universidade Federal de São Carlos. Professor Convidado, credenciado no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da UNESP/Araraquara.

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Publicado

2011-12-21