As flores do Ma?: forma e enquadramento nos cantos Araweté (Amazonia)

Autores

  • Guilherme Orlandini Heurich

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v12e1201737-52

Palavras-chave:

Araweté, Amazonia, Etnologia Ameríndia, Antropologia

Resumo

Neste artigo, analiso os refrões ou vocalizes dos cantos oñ?ñã me’e dos Araweté (Pará, Brasil). A partir da noção de “leva-gente”, associo os refrões desses cantos com outras formas estéticas ameríndias, principalmente com o complexo da tocaia entre os povos falantes de línguas tupi-guarani. O material analisado aqui provêm de 14 meses de trabalho de campo que realizei junto aos Araweté, principalmente de trabalho conjunto de transcrição e tradução realizado com Irar?no Araweté (Heurich, 2015). Passando por adornos corporais, tocaias de caça, tocaias xamânicas, chocalhos e maracás, estabeleço uma linha de comparação que passa de um contexto a outro através de conexões metonímicas. Concluo que os refrões funcionam não somente como enquadramento das linhas/estrofes mas como uma forma de moldura maleável e impermanente onde ritmo e movimento são aspectos fundamentais.

Biografia do Autor

  • Guilherme Orlandini Heurich
    Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (UFRJ). British Academy Newton International Fellow. Departament of Anthropology, University College London.

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Publicado

2017-06-30

Edição

Seção

Dossiê: Pensamento ameríndio e a estética contemporânea