Antropofagia: “a única filosofia original brasileira”?

Autores

  • Marcos de Almeida Matos Doutorando em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Acre

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v12e1201753-69

Palavras-chave:

Antropofagia, Filosofia, Exogamia, Guerra

Resumo

Em sua introdução à edição fac-similar da Revista de Antropofagia, Augusto de Campos afirmou que a Antropofagia, expressa nas obras de Oswald de Andrade e outros, é “a única filosofia original brasileira e, sob alguns aspectos, o mais radical dos movimentos artísticos que produzimos”. Para determinar as condições de verdade da sentença de Augusto de Campos seria preciso compreender como a antropofagia ameríndia pôde ser tomada pelos autores da Revista como o índice de uma filosofia e de uma antropologia inauditas, que comporia uma verdadeira Weltanschauung, antecipando a descida definitiva da razão ao corpo operada pelas obras de Marx, Nietzsche ou Freud. No entanto, enquanto conceito filosófico, a Antropofagia sabota justamente os elementos da sentença de Augusto de Campos: “filosofia”, “originalidade” e “brasileira” já não poderão significar exatamente a mesma coisa.

Biografia do Autor

  • Marcos de Almeida Matos, Doutorando em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Acre
    Marcos de Almeida Matos é doutorando em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina, e professor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Acre. E-mail: [email protected]; Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5351178517676158.

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Publicado

2017-06-30

Edição

Seção

Dossiê: Pensamento ameríndio e a estética contemporânea