JÁ VISTO JAMAIS VISTO: UM FILME DE FILMES OU O DEVIR MEMÓRIA

Autores

  • Roberta Veiga Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v10e1201587-96

Resumo

Esse ensaio busca refletir sobre o modo como a escrita de si de Andrea Tonacci no filme Já visto jamais visto (2013) retira sua potência do trabalho de invenção da memória. A ideia é de que Tonacci é menos personagem de uma narrativa pessoal do que o próprio cineasta que, ao colocar seu gesto em perspectiva, e (re)ver quarenta anos de trabalho, lembranças guardadas e esquecidas em milhares de rolos de filmes, habita um espaço entre-imagens e sujeitos, no qual o cinema opera relações temporais e reencontra uma dimensão porosa e lacunar, onírica e mnemônica. É justamente porque a memória se constitui mesmo no processo de feitura do filme, e não como algo fora que precisa se resgatar ou se conservar como um patrimônio subjetivo, que ela não se coloca como um dever biográfico e histórico, mas como um devir, um devir cinema. 

Biografia do Autor

  • Roberta Veiga, Universidade Federal de Minas Gerais

    Doutora em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora adjunta da UFMG 

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Publicado

2015-07-22

Edição

Seção

Artigos