OSMAN LINS E AS ILUSTRAÇÕES DOS LIVROS, “UM CHAMADO INFERNAL”: AS IMAGENS AINDA/JÁ CHEIAS DE PALAVRAS

Autores

  • Ana Luiza Andrade Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v10e1201513-26

Resumo

Ao viver em uma época em que começam a se tornar comuns as publicações de séries industriais, Osman Lins, em duas de suas crônicas inéditas trazidas à tona no presente estudo, chama a atenção sobre a transposição de uma ficção escrita para uma ficção imagética. Versando sobre o desenho do ilustrador e o texto feito de palavras,“Romance e desenho” (Jornal do Commercio, 23/ago/1959) e “Reflexão sobre um livro de contos” (Jornal do Commercio, 11/out/1959), estes refletem respectivamente uma preocupação por si mesma incomum, pois, ao enfocar uma etapa técnica que rapidamente passou, e que se fixava nas capas de ilustradores significativos para a história das edições de romances (aqui, em particular sobre a edição de Moby Dick de Melville e as suas séries), além da rara qualidade artística de suas capas e de suas ilustrações, Osman Lins abria, com isso, uma brecha na crítica que, até então, se dirigia, exclusivamente, ou para a literatura ou para a imagem. Mas nunca como uma poderia diminuir ou acrescentar à outra. O mesmo seria verdade quando se pensa na passagem da imagem romanesca transposta para a cinemática. 

Biografia do Autor

  • Ana Luiza Andrade, Universidade Federal de Santa Catarina

    Doutora em Literatura Luso Brasileira e Hispano Americana pela University of Texas at Austin. Professora de Literatura Brasileira na graduação e no Programa de Pós-graduação em Literatura (UFSC) 

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Publicado

2015-07-22

Edição

Seção

Artigos