A PORNOGRAFIA É UM MORTO-VIVO?
DOI:
https://doi.org/10.19177/rcc.v9e22014179-196Palavras-chave:
Pornografia, Gênero, Horror, Grotesco, ZumbisResumo
Talvez uma das características mais notáveis da produção audiovisual conhecida como pornografia seja sua infinita capacidade de parodiar. De desenhos animados a canções, de obras literárias a produções cinematográficas, o gênero pornográfico parece ter como um de seus principais alimentos os outros tipos de “gêneros”: artísticos e sexuais. Desta forma, aproveitando o sucesso midiático de um dos mais divulgados monstros contemporâneos - o zumbi -, a pornografia também incorpora este curioso ser que representa um morto que continua insistentemente atuando no mundo dos vivos. O objetivo deste trabalho é apresentar uma reflexão sobre filmes pornôs com zumbis, indagando o quanto a própria pornografia pode ser vista como um gênero que vive de devorar outros gêneros (artísticos) e, principalmente, o quanto a produção pornô em seu viés mainstream reproduz papéis de gênero (sexual) tradicionais que historicamente poderiam já estar mortos e enterrados, mas que continuam atuando insistentemente em nosso cotidiano.
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