Matizes da cordialidade: a correspondência de escritores e inflexões dos debates no modernismo brasileiro

Autores

  • Silvana Moreli Vicente Dias

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v8e22013353-369

Palavras-chave:

Gilberto Freyre, Manuel Bandeira, Correspondências, Modernismo, Epistolografia

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir a possibilidade de se lerem as cartas inéditas trocadas entre os escritores Gilberto Freyre e Manuel Bandeira tomando por base o conceito de “cordialidade”, tal como formulado pelo sociólogo em seu livro Sobrados e mucambos (1936). Cordialidade e epistolografia parecem articular-se na medida em que reforçam a aproximação entre elementos contrastantes, por meio de uma linguagem informal, relacional e ligada à vida cotidiana, a qual, por sua vez, se torna uma indiscutível pauta modernista, sobretudo a partir do final da década de 1920. Desse modo, faremos considerações sobre uma espécie de predisposição cordial no modernismo brasileiro a partir de informações sub-reptícias presentes na própria forma epistolográfica e em outros documentos dos arquivos dos escritores.

Biografia do Autor

  • Silvana Moreli Vicente Dias
    Silvana Moreli Vicente Dias realiza seu segundo pós-doutorado no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), com Bolsa Prêmio CAPES de Tese. Este artigo foi escrito com base em pesquisa de doutorado cuja tese resultante, financiada pelo CNPq, foi defendida pelo Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – Universidade de São Paulo. A autora, inclusive, aproveita para agradecer à Fundação Gilberto Freyre a disponibilização de seus arquivos para a pesquisa, bem como à socióloga Michele Asmar Fanini a gentileza em discutir este trabalho e oferecer sugestões.

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Publicado

2013-12-01

Edição

Seção

Artigos