Ecos do narrador benjaminiano no filme O Labirinto do Fauno: uma (re)significação da morte pela fidelidade ao Événement
DOI:
https://doi.org/10.19177/rcc.v8e22013201-217Palavras-chave:
O narrador, Cinema, Morte, Contemporâneo, Walter BenjaminResumo
O narrador benjaminiano é a presença condenada ao esvaziamento que faz parte de uma tradição já problematizada; é o eco que, ao longo dos tempos, instilou valores e regulou conceitos de vida. O contemporâneo apresenta-o em constante exílio, corrompida sua sabedoria: viver é banal e morrer já não produz nem faz sentido. Nesse contexto, literatura e cinema transformam a oposição de vida e de morte em um dístico opaco e relativizado: viver é o agora e a morte torna-se um signo plano, um simulacro. O presente trabalho objetiva refletir acerca da questão da representação da morte pela perspectiva do narrador em O Labirinto do Fauno (2006), voz onisciente que apresenta Ofélia, imersa em um universo de opressão e sombra, personagem que tem sua perene existência (re)simbolizada no momento em que viver não significa nada e morrer resgata valores, transformando-se em imortalidade no sentido preconizado por Alain Badiou, de fidelidade ao Acontecimento (événement).Downloads
Publicado
2013-12-01
Edição
Seção
Dossiê: Cinemas Mundiais
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