A MATERIALIDADE FÍLMICO-SIGNIFICANTE EM HER

NA (DES)CORPOREIDADE DOS SENTIDOS

Autores

  • Ana Cláudia de Moraes-Salles IFMT
  • Olimpia Maluf-Souza Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

DOI:

https://doi.org/10.59306/rcc.v18e1202315-29

Palavras-chave:

Materialidade Fílmico-significante, Cinema, Corpo, Her, Análise de Discurso

Resumo

O cinema se configura como uma manifestação artística proeminente na atualidade. O filme, seu produto, é constituído pelo entretecimento de diferentes materialidades que – dentre imagens, sons, cores, roteiro – possibilitam movimentos semânticos. Neste trabalho, objetivamos dar visibilidade aos efeitos de sentido produzidos pela materialidade fílmico-significante. Para tanto, elencamos como corpus um recorte cenográfico da ficção científica Her (2013), que será depreendido pela Análise de Discurso francesa de base materialista, preconizada por Pêcheux e ampliada por Orlandi. Nessa área, seus próprios princípios teóricos são já procedimentos, permitindo, mediante a mobilização de seu aparato, a compreensão analítica do recorte enquanto “discurso”, definido como “efeito de sentidos entre locutores” (ORLANDI, 2012). Na cena analisada, pudemos compreender o funcionamento da materialidade fílmico-significante na relação entre homem e tecnologia, percebendo como a corporeidade do humano e a (des)corporeidade da máquina são significados em tela, metaforizando a falta inexorável ao sujeito, movido pelo desejo, e ao simbólico.

Biografia do Autor

  • Ana Cláudia de Moraes-Salles, IFMT

    Professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Juína. Doutora em Linguística pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Email: [email protected]

  • Olimpia Maluf-Souza, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

    Professora sênior no Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade do Estado de Mato Grosso. Doutora em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas. Email: [email protected].

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Publicado

2023-10-24