A memória dos gestos na poesia simbolista de Dario Vellozo

Autores

  • Caio Ricardo Bona Moreira

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v0e02009263-278

Palavras-chave:

Dario Vellozo, Simbolismo, Sobrevivências

Resumo

Se partirmos do pressuposto de que uma imagem sempre está carregada de história, perceberemos que o retorno dessa mesma imagem, em outras condições, instaura uma diferença que lhe confere uma potência capaz de colocá-la em rede, fazendo-a funcionar, ao mesmo tempo como sintoma, mediante uma interrupção no saber, e como conhecimento, mediante uma interrupção no caos. Pensemos, por exemplo, na poesia simbolista. O simbolismo, na maior parte das vezes, ficou à margem da crítica modernista. Em Curitiba, o ocultista e neopitagórico Dario Vellozo foi um de seus principais fomentadores. Construir o Templo das Musas, com o objetivo de fazer reviver o culto a Pitágoras, foi apenas uma das estratégias adotadas na tentativa de criar um ambiente cultural propício ao renascimento do paganismo no contexto da Belle Époque. Atitudes provocadoras como a de desfilar pela cidade trajando vestes helênicas tornaram Dario Vellozo um corpo estranho no Paraná. Perceber a sobrevivência das formas primordiais da cultura grega na sua poesia é objetivo deste trabalho.

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Publicado

2009-12-22

Edição

Seção

Artigos