Mal de Arquivo: a dinâmica do arquivo na Arte Contemporânea

Autores

  • Silvana Macêdo

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v0e02009177-192

Palavras-chave:

Arquivo, Arte contemporânea, Memória, Fotografia, Derrida

Resumo

A proposta deste texto é explorar o impacto da idéia de arquivo na arte contemporânea. Parte-se da perspectiva de Jacques Derrida sobre o conceito de arquivo, em “Mal de Arquivo – Uma impressão freudiana”, no qual Derrida explora o duplo sentido da raiz da palavra arquivo, como origem e comando ou poder de uma autoridade. Ao relacionar a noção de arquivo com a memória (pessoal e histórica), o autor argumenta que há uma constante tensão entre a manutenção e repressão (consciente ou inconsciente) da memória. O mal de arquivo estaria ligado à pulsão de morte, ao apagamento da memória, cujas conseqüências podem ser psíquicas, sociais e políticas. Com esse entendimento, identificamos a idéia de arquivo como um procedimento central nas práticas artísticas contemporâneas. Diversos artistas desenvolvem projetos em torno de noções de falsificação de arquivos; partem da apropriação de arquivos históricos; ou incorporam metodologias científicas em seus processos poéticos, dando origem a arquivos fictícios e estranhas taxionomias.

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Publicado

2009-12-22

Edição

Seção

Artigos