Sob as demandas do tempo: o horizonte político no projeto literário amadiano

Autores

  • Júlio César da Luz
  • Alessandra S. Brandão

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v7e22012257-267

Palavras-chave:

Romance proletário, Jorge Amado, Cacau

Resumo

No contexto de acirramento ideológico da década de 1930 no Brasil, a publicação de Cacau, em 1933, de Jorge Amado, levantou a discussão, entre críticos e escritores, acerca do denominado “romance proletário”, até então pouco mencionado no país. A despeito de todo o acalorado debate que se seguiu, persistiu, no entanto, um sentido um tanto impreciso, o novo gênero entendido segundo diferentes e, muitas vezes, conflitantes noções. Este trabalho recoloca essa questão, pensando-a a partir da perspectiva com que Roberto Schwarz considera a experiência intelectual brasileira, assinalada pela importação e o deslocamento de ideias europeias, cuja impropriedade exprime-se nas contradições com o contexto dissonante de sua assimilação. Partindo do debate desencadeado em torno da publicação de Cacau, busca-se relacioná-lo ao projeto ideológico que norteou a produção amadiana no início de sua carreira literária, a fim de entender o romance nos deslocamentos operados pelo ficcionista para que pudesse coaduná-lo às condições contextuais sob as quais escreveu.

Biografia do Autor

  • Júlio César da Luz
    Especialista em História da Arte (Unisul) e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem (Unisul)
  • Alessandra S. Brandão
    Doutora pela Universidade Federal de Santa Catarina e professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem (Unisul).

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Publicado

2012-12-12

Edição

Seção

Literatura