Assimilação do trauma grave na cura dinâmica

relato de caso

Authors

  • Carolina Tornovsky Bridi Silveira Instituto Mineiro de Homeopatia / Residência Médica de Homeopatia do Hospital Público Regional de Betim (HPRB)
  • Antônio Carlos Gonçalves da Cruz Instituto Mineiro de Homeopatia / Residência Médica de Homeopatia do Hospital Público Regional de Betim (HPRB)
  • Laura de Paula Machado Instituto Mineiro de Homeopatia / Residência Médica de Homeopatia do Hospital Público Regional de Betim (HPRB)
  • Maria Cecília Santos Instituto Mineiro de Homeopatia / Residência Médica de Homeopatia do Hospital Público Regional de Betim (HPRB)
  • Monica Beier Instituto Mineiro de Homeopatia / Residência Médica de Homeopatia do Hospital Público Regional de Betim (HPRB)

Keywords:

Homeopatia, Traumatismo Encefálico, Arnica montana

Abstract

INTRODUÇÃO: Samuel Hahnemann, em seu “Organon da Arte de Curar”, nos diz que quando o homem adoece foi porque, sua força vital, ou sua saúde, foi afetada por uma influência dinâmica de um agente imaterial, prejudicial à vida, levando o organismo a sensações adversas e a funções irregulares a que denominamos doença. Dessa forma, visto que as doenças são alterações do estado de saúde do indivíduo sadio, podemos entender que o politrauma, advindo de um episódio de grande violência externa, provoca alterações dinâmicas na saúde que são passíveis de reconhecimento e recuperação, de acordo com a vitalidade individual. Objetiva-se relatar o caso de um paciente acompanhado no CTI do Hospital Público Regional de Betim – MG, que recebeu tratamento homeopático concomitante. METODOLOGIA: Através de dados do paciente e visitas ao leito, a equipe de homeopatia, residentes e preceptores, usaram, por reconhecimento, os principais sinais e sintomas do politrauma (hematomas e múltiplas fraturas) e ausência de despertar espontâneo, para escolha do melhor medicamento símile para auxílio a saúde. Trata-se de
um paciente intubado em CTI, deste modo, a administração do medicamento se deu tocando os lábios com uma gaze umedecida com dez mililitros de água, onde se dissolveu um glóbulo do medicamento homeopático. RESULTADO E DISCUSSÃO: Paciente vítima de acidente de trânsito. Os dados obtidos foram: caso grave, encontrava-se intubado, sem despertar espontâneo apesar de não sedado, com lateralidade direita para extensas lesões e fraturas em face, crânio e tórax. No primeiro momento a equipe prescreveu Arnica montana na 30a CH pela valorização do politrauma com blefaro-hematoma, fraturas faciais e ausência de despertar espontâneo. Em segunda avaliação, no terceiro dia após a prescrição de Arnica montana, observamos surgimento de febre, movimentos de membros inferiores e perspectiva de desmame ventilatório, optando-se por nova dose do mesmo medicamento em mesma potência, porém, em maior diluição. Em um terceiro momento, dois dias depois, foi-lhe retirado o dreno torácico e observado grande agitação, mesmo contido, além da visualização de uma tatuagem que se referia a destruição do homem. Mesmo que novo medicamento pudesse ser prescrito, como Tarentula hispanica, optou-se por manter a evolução com Arnica montana prescrita anteriormente, que também cobria tais novidades e deste modo evoluiu com alta homeopática. No decorrer do tempo, o paciente seguiu com melhora clínica significativa, recebendo alta hospitalar algumas semanas depois.
CONCLUSÃO: Observamos que o medicamento homeopático é capaz de harmonizar a força vital e reforçar a saúde. Reiteramos a necessidade de mais pesquisas neste âmbito visando maior utilização da terapêutica homeopática em ambientes como o CTI.

Published

2022-12-07