MODELO DE LOGÍSTICA REVERSA APLICADO PARA EMBALAGENS EM EMPRESA DO SETOR DOMISSANITÁRIO

Autores

  • Thais Santos Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco / Aluna
  • Marília Regina Costa Castro Lyra Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco / Professora
  • Jose Antonio Aleixo Silva UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO / PROFESSOR
  • Rogéria Mendes Nascimento Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco / Professora
  • Renata Maria Caminha Mendes Oliveira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco / Professora

DOI:

https://doi.org/10.19177/rgsa.v9e42020842-863

Palavras-chave:

Sustentabilidade, Consumidor, Distribuidor, Política Nacional de Resíduos Sólidos

Resumo

O padrão de produção e consumo, adotado pela sociedade moderna, exerce grandes prejuízos ao meio ambiente na atualidade, pois estabelece um consumo de modo infinito dos recursos naturais finitos. A Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos que traz em seu conteúdo a obrigação da Logística Reversa atribuindo responsabilidades a todos os atores da cadeia de produção e consumo, que devem retornar as embalagens pós-consumo ao fabricante e a este a responsabilidade em destinar de forma ambientalmente correta as embalagens produzidas. Neste sentido, este estudo trata do tema logística reversa e traz como problema a questão de qual o modelo ideal a ser aplicado às embalagens de uma empresa fabricante de produtos de limpeza, cosméticos e molhos alimentícios, localizada na região metropolitana da cidade do Recife, estado de Pernambuco. Realizou-se estudo comparativo adotando um método binário onde foram atribuídos zero ou um para os critérios estabelecidos em cada modelo comparado. Foram selecionadas sessenta e oito publicações, cujo tema era logística reversa. Desta amostra, foram pré-selecionados dezessete estudos de caso que apresentavam modelos de logística reversa aplicados a embalagens. Pelo critério de capacidade de implementação, foram identificados seis modelos para o teste comparativo. Os modelos selecionados pela sua aplicabilidade foram: primeiro o da empresa Baterias Moura onde são recolhidas as baterias veiculares que são reaproveitadas cem por cento na produção de novas baterias. O segundo modelo escolhido foi o da empresa O Boticário onde foram instaladas urnas em suas lojas para recolhimento de embalagens de vidro e papelão que posteriormente são recolhidas por catadores associados. O terceiro modelo trata-se da iniciativa de uma rede bancária para recolhimento de pilhas e baterias. O quarto modelo foi o da empresa Reciclanip que é uma recicladora criada com o objetivo de realizar a logística dos pneus usados, recolhidos nos pontos de coleta. O quinto modelo foi o de garrafas de vidro de uma envazadora de cerveja, cujos caminhões de entrega são também responsáveis pela coleta destes vasilhames. A envazadora dá desconto por cada garrafa retornada. E, por último foi o modelo da Pepsi Cola que instalou Ponto de Entrega Voluntária (PEV) em alguns atacadistas. Esta entrega é feita através de máquinas que coletam apenas os vasilhames pós-consumo da marca e bonificam com descontos, os clientes, em produtos de sua marca. O resultado do estudo comparativo recomenda o modelo que obtém maior pontuação em relação aos critérios analisados. Dentre os modelos identificados o modelo de logística reversa da empresa Pepsi Cola foi apontado como o ideal para a empresa campo desta pesquisa.

Biografia do Autor

  • Thais Santos Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco / Aluna

    Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), graduação em Engenharia de Produção pela Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) Pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Joaquim Nabuco, Pós-Graduação em Gestão Ambiental pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e curso Técnico em Segurança do Trabalho pela Escola Técnica Federal de Pernambuco (ETFPE) atual Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE).

    Com mais de 25 anos de experiência na área de Qualidade, Segurança e Meio Ambiente (QSMA) prestou consultoria pela SQS Consultores Associados nas empresas IMPSA WIND POWER, Bacardi e Saraiva Equipamentos. Atuando também em empresas de grande porte, nacionais e multinacionais como: Rexam, Ultracargo, Estaleiro Atlântico Sul e Raymundo da Fonte.

     

    Tem experiência na implementação e auditoria de sistemas de gestão integrada, ISO 14001, ISO 9001 e OHSAS 18001, atual ISO 45001 (desde março de 2018). Sendo auditora líder da OHSAS 18001 e com cursos de auditor interno das normas ISO 14001 e ISO 9001.

     

    A motivação para o desenvolvimento desta dissertação surgiu em função da exigência do emprego da logística reversa pela politica nacional de resíduos sólidos para os mais diversos tipos de embalagens, responsabilizando todos os agentes na cadeia de produção e consumo para o descarte ambientalmente adequado.

     

     

  • Marília Regina Costa Castro Lyra, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco / Professora
    Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1999), graduação em Licenciatura em Ciências Agrícolas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2001), mestrado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2002) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (2008). Possui Pós-doutorado pela Technische Universität Berlin Alemanha na área de Tecnologias Ambientais e Gestão de Recursos Hídricos(2013). É professora da carreira EBTT do Instituto Federal de Pernambuco - IFPE desde 2007, lecionando disciplinas nos cursos de Graduação e Pós-graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental. Atualmente é membro permanente do Programa de Pós-graduação em Gestão Ambiental do IFPE(Mestrado). Também é membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência -SBPC e da Internacional Water Association (IWA). Membro titular do Conselho Gestor do Refúgio de Vida Silvestre do Engenho Uchoa ? Pernambuco. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, Agrícola e Ambiental, com ênfase em Gestão e qualidade ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: vinhaça, solo, resíduos no solo, recursos hídricos, águas subterrâneas, agrotóxicos e sistemas de gestão ambiental. Participou como membro da Equipe Científica do projeto Finep para construção do Centro de Pesquisa do IFPE/Campus Recife, Chamada Pública MCT/Finep/CT-Infra-Proinfra01/2009, e é sua atual Coordenadora. No Mestrado Profissional em Gestão Ambiental orientou 07 dissertações de mestrado e co-orientou 9. No Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da UFPE co-orientou uma dissertação e duas Teses e no Programa de Ciências Florestais da UFRPE uma Tese. Na Iniciação Científica orientou 10 trabalhos (bolsistas CNPq e do IFPE), na Iniciação a Extensão e outras modalidades 17 trabalhos (bolsistas IFPE), 16 Trabalhos de Conclusão do Curso de Tecnologia em Gestão Ambiental e 5 trabalhos na Especialização em Gestão Pública do IFPE. Desempenhou funções administrativas como Coordenadora de Pesquisa do IFPE Campus Recife, Coordenadora do Curso de graduação em Tecnologia de Gestão Ambiental, Vice-coordenadora do seu Mestrado Profissional em Gestão Ambiental (MPGA) e foi Pró-reitora de Extensão do IFPE. Presidiu a Comissão de criação do Mestrado Profissional em Gestão Ambiental do IFPE-Campus Recife. Atualmente preside a Comissão de estruturação do curso de Engenharia Ambiental do IFPE Campus Recife e compõe a Comissão de criação do Doutorado Profissional em Gestão Ambiental do PPGA-IFPE. Lidera o Grupo de Pesquisa Tecnologia Ambiental e Bioprocessos e coordena o Laboratório de mesmo nome, localizado no Centro de Pesquisa do IFPE. Coordena projetos de pesquisa e extensão e participa como colaboradora de outros em parceria com a UFPE (Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil), UFRPE (Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais), participa dos programas institucionais de Iniciação Científica, Iniciação a Extensão, Iniciação Tecnológica, Incentivo Acadêmico -BIA/FACEPE, monitoria e Estágio de Docência. Atualmente estão vinculados ao Grupo/Laboratório 06 orientações de TCC, 03 Dissertações de Mestrado e 02 bolsistas de iniciação científica (01 de graduação e 01 do técnico) e 02 bolsistas de Iniciação a Extensão. Atua como revisora de trabalhos científicos e é editora do periódico Coleção Interdisciplinar Meio Ambiente e Sustentabilidade ? CIMAS vinculado ao Programa de Pós- graduação em Gestão Ambiental do IFPE. É consultora da fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Pernambuco ? FACEPE, Secretária Adjunta da SBPC/PE e membro titular da SBPC no Conselho Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco ? CONSEMA. Foi bolsista de Produtividade em Pesquisa do Programa Institucional do IFPE.
  • Jose Antonio Aleixo Silva, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO / PROFESSOR
    Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE (1975), Especialização em Silvicultura pela UFRPE (1975), mestrado em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (1977) e doutorado em Biometria e Manejo Florestal - University of Georgia (1986). Post-doc e Professor Visitante da University of Georgia (1991-1993). Post-doc e Professor Visitante da Technische Universität Berlin (2012-2013). Atualmente é Professor Titular do Departamento de Ciência Florestal da UFRPE. Atua como orientador, co-orientador e professor em programas de pós-graduação aos níveis de Mestrado e Doutorado em Ciências Florestais e Biometria e Estatística Aplicada da UFRPE, e Mestrados Profissionalizantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) e do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP). Secretário Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) (1999-2005). Membro do Conselho da SBPC (2005-2009). Membro da Diretoria da SBPC por quatro mandatos (2009-2017/2017-2021) onde coordena o grupo de trabalho sobre o Código Florestal. Presidente da Academia Pernambucana de Ciências (2018-2020), membro da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, da Academia Brasileira de Ciência Agronômica e sócio benemérito da Associação Pernambucana de Engenharia Florestal. É revisor de trabalhos científicos e membro de conselhos editoriais de várias revistas científicas no Brasil e no exterior e consultor de várias fundações de pesquisa de Estados do Brasil. Membro do Conselho Nacional de Florestas (CONAFLOR/MMA), do Conselho Consultivo do Nordeste no MCTI (2010-2016), do Conselho Externo da Embrapa Florestas, do Conselho Administrativo do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP, 2013-2015) e pesquisador/consultor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da CAPES. Diretor de Programas da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco e Coordenador do Programa Pernambuco Verde (1996-1997). Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Dendrometria, Inventário Florestal e Manejo Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: Estatística Experimental, Inventário Florestal e Técnicas de Amostragem, Análise de Regressão, Modelagem de crescimento de florestas de rápido crescimento e nativas. Atua em divulgação científica como editor/redator do jornal eletrônico "Notícias da SBPC/PE" (1999-2015), e atualmente do Jornal Eletrônico da SBPC/PE. Pesquisador homenageado no II Encontro Brasileiro de Mensuração Florestal com a Comenda Walter Bitterlich. Bolsista de Produtividade de Pesquisa do CNPq, nível 1C.
  • Rogéria Mendes Nascimento, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco / Professora

    Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1994) e Mestrado em Ciências Agrárias pela Universidade Federal da Bahia (1999). É especialista em Educação, Política e Gestão Ambiental pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2006). Professora entre 2000 a 2009 da Escola Agrotécnica Federal, e desde 2009 Professora do curso Tecnológico em Gestão Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Campus Recife. Doutorado em Engenharia Civil - Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos - UFPE.Tem experiência nas áreas de Certificação Fitossanitária e Engenharia Ambiental, com ênfase em Gestão e Tecnologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão de resíduos sólidos, legislação ambiental, sistemas integrados de gestão, interdisciplinaridade e sustentabilidade socioambiental, educação ambiental, agricultura familiar, agricultur orgânica, horticultura, manuseio de produtos fitossanitários, cooperativismo, associativismo, extensão e empreendedorismo rural.

     
  • Renata Maria Caminha Mendes Oliveira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco / Professora

    Doutora em Engenharia Civil (2009) na área de Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos, com ênfase em Gestão Ambiental, pela Universidade Federal de Pernambuco; Pós-Doutoranda na Universidade Federal de Pernambuco. Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Exterior Sênior em TICs ? Bolsa DES/CNPq (2015) e Estágio de Doutoramento - Bolsa Capes/PROBRAL (2004 - 2005) na Technische Universität Berlin ? Alemanha na área de Planejamento Ambiental. Mestre em Gestão e Políticas Ambientais (2002) pela Universidade Federal de Pernambuco (2002). Especialização em Metodologia do Ensino Superior (2002) pela Universidade Católica de Pernambuco. Especialização em Gestão e Controle Ambiental (1999) pela Universidade de Pernambuco. Engenharia Agrônoma pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1989). Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental no período de 2013 a 2019. Professora do Curso de Mestrado Profissional em Gestão Ambiental e do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Campus Recife, ministrou as disciplinas de Planejamento Ambiental, Estratégias de Educação Ambiental, Indicadores de Sustentabilidade e Metodologia Científica. Professora do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Modalidade a Distância do IFPE ministrando as disciplinas de Fundamento de Geologia e Estratégias de Educação Ambiental de 2010 a 2014. No Curso de Especialização em Gestão Pública Modalidade a Distância do IFPE ministrou a disciplina Metodologia Científica e Coordenação de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). Gerente brasileira do INNOVATE: Interplay coupling of substance cycle in aquatic and terrestrial ecosystems, sob coordenação da UFPE e Universidade Técnica de Berlin (TUBerlin), com a participação das seguintes instituições brasileiras: UFRPE, ITEP, IFPE, EMBRAPA, IPA e CPRM, além de diversas instituições alemães. Secretária da Associação dos Ex-Bolsistas da Alemanha (AEBA-Recife) de 2006 a 2013. Tem experiência na área de Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos, com ênfase em Gestão Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão e planejamento ambiental, educação ambiental, gestão de recursos hídricos, gestão de recursos ambientais e indicadores de sustentabilidade.

     

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Publicado

2020-12-29

Edição

Seção

Estudos de Caso

Como Citar

MODELO DE LOGÍSTICA REVERSA APLICADO PARA EMBALAGENS EM EMPRESA DO SETOR DOMISSANITÁRIO. (2020). Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 9(4), 842-863. https://doi.org/10.19177/rgsa.v9e42020842-863

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