EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ÓLEO DE MICROALGAS DE LAGOA DE ESTABILIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.19177/rgsa.v7e32018320-349Palavras-chave:
Lagoa de estabilização. Biomassa de algas. Biocombustíveis.Resumo
O presente trabalho teve como objetivo avaliar, de maneira geral, o perfil dos constituintes metabólicos das biomassas provenientes de lagoas de estabilização da ETE de Ponta Negra, Natal-RN, visando sugerir aplicações futuras. Foi realizada uma caracterização qualitativa e quantitativa das espécies de microalgas presentes nas lagoas de estabilização. A biomassa foi removida do efluente através das técnicas de centrifugação e flotação por ar dissolvido utilizando os coagulantes policloreto de alumínio e o cloreto férrico. Para a extração do material lipídico da biomassa foram usados um agitador mecânico associado a um banho ultrassônico utilizando n-hexano. O material lipídico extraído da biomassa foi analisado utilizando as técnicas de FTIR, TGA e CCD. A biomassa seca e residual, após a extração do óleo, foi avaliada utilizando a técnica de FAAS. Os resultados revelaram que as espécies predominantes detectadas nas lagoas foram de synechococcus sp. Synecocytis sp. e Chlorella sp. O melhor rendimento do teor de material lipídico na biomassa foi verificado na amostra da lagoa facultativa aerada com coagulante policloreto de alumínio (5,18%). Os espectros de infravermelho e a cromatografia em camada delgada indicaram a presença de éster, ácidos graxos e triglicerídeos no extrato do material lipídico da biomassa. As análises de absorção atômica detectaram a presença de teores de ferro e alumínio totais na biomassa seca e residual. De acordo com os resultados obtidos nesta pesquisa, conclui-se que o material lipídico extraído das microalgas identificadas na lagoa de estabilização tem o potencial de produzir um óleo rico em triacilglicerídeos capaz de ser reutilizado na produção de biodiesel. Além disso, foi verificado que os coagulantes utilizados no processo de flotação provocaram um aumento da concentração de metais na biomassa seca e residual, limitando a sua reutilização em aplicações futuras.
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