Água de lastro: um problema ambiental

Autores

  • Ieda Terezinha Serafin
  • Jairo Afonso Henkes

DOI:

https://doi.org/10.19177/rgsa.v2e1201392-112

Palavras-chave:

Gestão Ambiental, Água de Lastro, Bioinvasão, Patogênicos

Resumo

Estudos realizados no país demonstram que várias espécies de bactérias, plantas e animais podem sobreviver na água de lastro e nos sedimentos transportados pelos navios. A emissão de água de lastro com organismos patogênicos e exóticos geram danos à flora e a fauna das regiões costeiras permitindo o estabelecimento de organismos aquáticos nocivos e agentes patogênicos, podendo representar uma ameaça à vida humana, aos animais e gerando impactos econômicos e sociais. A descarga de água de lastro ocorre quando um navio capta água no porto doador (porto de partida) e despeja água no porto de destino (porto receptor), dessa forma os tanques podem conter uma mistura de águas de diferentes locais. Embora outros meios responsáveis pela transferência de organismos, entre áreas marítimas geograficamente afastadas tenham sido identificados, a água de lastro está entre os mais importantes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Marítima Internacional (IMO), reconhecem que a água de lastro desempenha um papel como meio propagador de bactérias causadoras de doenças endêmicas, como a Vibrio Choleare e Salmonella. As espécies invasoras mais comuns no Brasil, assim como o Mexilhão dourado, apresentam grande capacidade de se adaptar e se reproduzir, causando o trancamento de descargas de tubulações, prejuízos  em estações de tratamento de água, que acabam necessitando de limpeza e substituição de filtros com mais frequência. Uma avaliação dos tipos e níveis de riscos ambientais associados às espécies marinhas invasoras possibilita identificar os recursos naturais mais sensíveis e potencialmente ameaçados, além dos riscos à saúde pública da população. O desenvolvimento e efetivação das medidas de gerenciamento da água de lastro, com a criação de um Plano Nacional de Água de Lastro, associado a um Plano de despoluição hídrica, realizados em conjunto com o levantamento da biodiversidade local, em um estudo de riscos de bioinvasão, aliado a um Programa de Gestão Ambiental em Portos, pode trazer benefícios a médio e longo prazos para o meio ambiente.

Biografia do Autor

  • Ieda Terezinha Serafin
    Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental – Unisul Virtual.
  • Jairo Afonso Henkes
    Professor do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental e do Programa de Pós Graduação em Gestão Ambiental da Unisul. Mestre em Agroecossistemas. Especialista em Administração Rural.

Downloads

Publicado

2013-06-12

Edição

Seção

Estudos de Caso

Como Citar

Água de lastro: um problema ambiental. (2013). Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 2(1), 92-112. https://doi.org/10.19177/rgsa.v2e1201392-112

Artigos Semelhantes

1-10 de 1282

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >>