MONITORAMENTO AMBIENTAL DAS ÁGUAS DO ESTUÁRIO DO RIO DAS CONCHAS (RN) PRÓXIMO A UMA UNIDADE DE EXTRAÇÃO DE SAL
DOI:
https://doi.org/10.19177/rgsa.v8e22019361-385Palavras-chave:
Emissão de efluentes. Impactos ambientais, Produção de sal.Resumo
A produção salineira no Rio Grande do Norte teve início em 1802, através da produção de sal marinho por evaporação solar. O Estado é o maior produtor no Brasil, isso é possível graças a combinação de fatores naturais, como as altas temperaturas, ventos secos, intensa evaporação e prolongada estação de estiagem. Embora gere emprego e renda para a população dos municípios produtores, deve-se reconhecer a existência de impactos ambientais negativos decorrentes dessa atividade, como a devastação de ecossistemas marinho e terrestre. Logo, é importante monitorar esses empreendimentos com intuito de determinar seus impactos ao meio e avaliar a eficiência de medidas mitigadoras. Assim, objetivou-se analisar as características físico-químicas e biológicas das águas do rio das conchas, Rio Grande do Norte, próximo a uma unidade de extração de sal. Entre janeiro e dezembro de 2015, foram encontrados os seguintes parâmetros: a evapotranspiração potencial superou em mais de 10 vezes a precipitação pluviométrica; a salinidade, as concentrações de cálcio e magnésio variaram em função do balanço hídrico; o pH manteve-se alcalino e variou pouco, mantendo-se dentro do limite; a temperatura apresentou homogeneidade térmica; a concentração de OD caracterizou o sistema como bem oxigenado; baseado na concentração de Clorofila a, o ambiente variou de oligotrófico a mesotrófico; a comunidade fitoplanctônica constituiu-se principalmente de Bacillariophyceae. A emissão de efluentes líquidos obedeceu aos critérios da licença ambiental do empreendimento e aos limites estabelecidos (CONAMA 430/2011). Conclui-se que não há indícios de impactos ambientais negativos decorrentes do empreendimento de extração de sal.
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